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Habitação by century 21

 

Comprar casa em 2021 foi 5% mais caro do que em 2020 e 12% face a 2019

4 de janeiro de 2022

O preço médio de venda dos imóveis anunciados no Imovirtual, em 2021, foi de 362.870 euros. O que representa um aumento geral do preço das casas, com uma variação de +5,1% em relação a 2020 (345.412 euros) e de +11,8% em relação a 2019 (324.559 euros).

Lisboa (578.083 euros), Faro (479.300 euros), Região Autónoma da Madeira (359.513 euros) e Porto (323.016 euros) foram os distritos mais caros em 2021. Inversamente, Guarda (112.759 euros) e Portalegre (117.845 euros) foram os locais mais baratos para comprar casa.

O aumento de preço mais significativo em 2021, face a 2020, regista-se em Évora, com o preço médio a passar de 204.690 euros para 238.373 euros (+16,5%). Seguem-se a Madeira (+10,5%), onde o preço de venda em 2020 se fixava nos 325.382 euros; Aveiro (+9,8%); Beja (+9%) e Braga (+8,6%).

Os distritos da Guarda e Portalegre, onde o preço de venda é mais baixo em 2021, são também os únicos que registam descida de valores em relação a 2020 (-8% e -3,3%) e a 2019 (-14,5% e -22,4%), respectivamente.

Comparativamente com 2019, é também em Évora que se verifica o maior aumento do preço médio (+33,1%), que nesse ano era de 179.081 euros. Em segundo lugar surge Aveiro (+18,6%), que passa de 200.295 euros para 237.565 euros, e em terceiro lugar Setúbal (+16,9%), que sobe de 256.436 euros para 299.655 euros. 

Valor médio do arrendamento foi de 1.017 euros em 2021

Quanto ao arrendamento, o valor médio anunciado foi de 1.017 euros em 2021. Tal representa uma diminuição das rendas face a 2020 (-5,8%), quando o valor era de 1.080 euros. A diferença é ainda mais significativa se comparado com 2019 (-18,1%), quando a renda média era de 1.242 euros.

Em 2021, Lisboa (1.264 euros), Porto (935 euros), Madeira (875 euros) e Faro (833 euros) foram os locais mais caros para arrendar. Por outro lado, Portalegre (386 euros), Bragança (407 euros) e Castelo Branco (410 euros) foram os mais acessíveis.

O distrito que regista maior aumento do valor médio de renda, que sobe de 351 euros em 2020 para 425 euros em 2021, é a Guarda (+21,1%). Segue-se Portalegre (+12,5%), que passa de 343 euros para 386 euros.

O decréscimo mais acentuado das rendas em 2021, face ao ano anterior, regista-se em Beja (-9,5%), que desce de 557 euros para 504 euros. Em segundo lugar surge Lisboa (-9%), que diminui de 1.389 euros para 1.264 euros.

Relativamente a 2019, a Guarda é também o distrito com maior aumento de renda (+18,7%), que nesse ano se fixava nos 358 euros. Santarém também regista uma subida significativa (+11,8%), passando de 484 euros para 541 euros, assim como Portalegre (+11,6%), onde a renda em 2019 era de 346 euros.

O decréscimo mais significativo das rendas, em comparação com 2019, ocorre em Lisboa (-20,3%), onde a renda nesse ano era de 1.586 euros. Seguem-se Porto (-16,7%), onde a renda média em 2019 era 1.123 euros e Bragança (-15,9%), que desce de 484 euros em 2019.

"O preço de venda tem vindo a aumentar desde 2019, altura em que o mercado imobiliário teve alterações e dinâmicas, devido às novas necessidades e tipo de procura que surgiram com a pandemia. Tal aconteceu em 2020 e 2021 manteve essa tendência. Já em relação ao arrendamento, há uma diminuição dos preços, que pode estar associada, por um lado, à maior oferta, mas também à mobilidade interna possibilitada pelo trabalho remoto, pois as maiores quebras registam-se nas grandes capitais", refere Ricardo Feferbaum, Director Geral do Imovirtual.