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Imagem 3D – TheMADstudio

Entrecampos vai ter um Parque de Estacionamento subterrâneo com 586 lugares e um jardim público

7 de maio de 2024

O Parque de estacionamento do loteamento de Entrecampos está em fase avançada de construção e pretende dar apoio àquele que é o maior pólo de construção camarária de Renda Acessível em Lisboa: 476 apartamentos destinados à classe média ou população jovem à procura de primeira habitação.

Situado numa zona nobre da capital, entre o Campo Grande e o Campo Pequeno, o loteamento vai avançado agora em velocidade cruzeiro, estando concluídos os lotes 4, 5 e 9, num total de 19.140 m2 de área de construção e 192 apartamentos concluídos e distribuídos através de concurso.

O FOCUS GROUP venceu o concurso público promovido pela Lisboa Ocidental SRU – Sociedade de Reabilitação Urbana E.M., S.A, para a elaboração dos projectos para o edifício do Parque de Estacionamento Subterrâneo.

Inserido num loteamento localizado numa zona central de Lisboa e em total renovação, onde pontificam os terrenos da antiga Feira Popular, o edifício de 18.920 m2 de área de construção destina-se a estacionamento de veículos e terá uma cobertura “verde” destinada um jardim que servirá como elo entre os edifícios que integram o loteamento. Segundo o FOCUS GROUP, «Pretendeu-se com este equipamento apresentar uma solução para o estacionamento público desta zona de modo a servir as necessidades dos serviços, comércio e habitações locais existentes e previstas”, para além da sua proximidade a vários polos da Universidade de Lisboa.

O edifício tem três núcleos verticais de acesso pedonal pelo Jardim, entrada e saída de veículos pelo Piso 0 e é composto por cinco pisos enterrados com capacidade total de 586 lugares de estacionamento.


Na opinião do Presidente da sociedade Lisboa SRU Ocidental, Gonçalo Nuno dos Santos Costa, “Este estacionamento vem suprir as necessidades dos habitantes e visitantes permitindo concluir as obras de todo o Quarteirão de Entrecampos, devolvendo este espaço à cidade de Lisboa”.

Esta intervenção desenvolvida no âmbito do programa renda acessível «tem como objectivo a construção de edifícios de habitação pública municipal dirigida à classe média, e também a regeneração e requalificação do espaço público envolvente. O edifício do estacionamento, integra-se harmoniosamente no território e contribui para essa requalificação», refere, por sua vez Susana Rato directora de projecto de habitação da SRU.

O jardim previsto para o Loteamento das Forças Armadas ocupa no seu total uma área de cerca de 10.000 m2, distribuídos, de forma mais ou menos equitativa, entre a cobertura do parque de estacionamento e o espaço, a nascente, entre este e os edifícios de Habitação de Renda Acessível (PRA).

Os sentidos descendentes e ascendentes de veículos no estacionamento são feitos nas extremidades do parque, por meio de rampas radiais, abertas para o exterior no topo e espelho de água no piso -4, garantindo assim a total circulação automóvel por todos os pisos do parque, minimizando os impasses e cruzamentos e favorecendo a livre circulação. Para além da luminosidade de que goza graças à penetração da luz natural no seu interior.


Loteamento de Entrecampos, em Lisboa

Os materiais adotados foram selecionados tendo em conta a durabilidade, fácil aplicação e manutenção, o que - segundo o FOCUS GROUP -  «permitiu a viabilidade técnica e financeira quer da sua construção, quer da sua manutenção ao longo da vida útil do edifício, valorizando ainda o seu contributo ambiental na redução dos desperdícios e minimizando a  pegada de carbono». Foi dada prioridade a materiais de origem controlada, certificados, renováveis e recicláveis. Todos os lugares de estacionamento são numerados, bem como as circulações pedonais. Foi ainda definida a sinalética e desenvolvido estudo de cores que identifique pisos e zonas, compatibilizado com o sistema Color Add, isto é, que permite a todos, e mesmo aos daltónicos, identificarem as cores.


Carlos Moedas visita as obras e anuncia novos benefícios para os utentes do Passe Social Navegante

O presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, que hoje visitou as obras do Parque de Estacionamento, referiu que ele foi um recurso adicional, já que o projecto de edificação de renda acessível na zona não previa o estacionamento em pisos subterrâneos dos imóveis de renda acessível. Isso levou a que fosse aberto concurso para o projecto do Parque de Estacionamento, num investimento global de 16 milhões de euros.

Carlos Moedas sublinhou que o Parque de Estacionamento do Loteamento de Entrecampos não se destina apenas aos moradores mas a todos aqueles que o queiram utilizar, evitando a movimentação das suas viaturas para o centro da cidade. Informou que no âmbito da descarbonização da cidade de Lisboa, futuramente, os utente do Passe Social Navegante deixarão de pagar o parqueamento em alguns Parques de Estacionamento periféricos da capital.

O autarca de Lisboa enfatizou que todas estas medidas, e outras que o município tem vindo a tomar, se destinam a alcançar, de forma gradual, a neutralidade carbónica na cidade de Lisboa.

Actualmente existem, de acordo com fonte da câmara, cinco parques dissuasores na cidade, nomeadamente Ameixoeira (489 lugares), Telheiras Poente (155 lugares), Telheiras Nascente (106 lugares), Avenida de Pádua (248 lugares) e Colégio Militar (415 lugares).

De acordo com a mesma fonte, ainda este ano abrirão os parques Pontinha Sul (387 lugares) e Azinhaga da Cidade (165 lugares).