
Porto - Foto aérea de vwalakte em Freepik
Porto lidera investimento em nova habitação no Eixo Atlântico
O Porto é actualmente o concelho mais dinâmico do Eixo Atlântico — que inclui também Vila Nova de Gaia e Matosinhos — em termos de investimento em habitação nova, conversão de projectos em obra e crescimento populacional.
Segundo o estudo da Confidencial Imobiliário, nos primeiros dez meses de 2025, deram entrada nos serviços municipais pedidos de licenciamento para cerca de 4.400 novas habitações, o maior pipeline habitacional do país. Este volume sucede a um período igualmente intenso, depois de, em 2023 e 2024, terem sido licenciados 5.980 fogos na cidade.
A capital do Norte destaca-se também pela taxa de execução dos projectos, com 75% das intenções de investimento a converterem-se em obra efectiva, um valor claramente superior aos registados em Vila Nova de Gaia (56%) e Matosinhos (36%), bem como à média nacional, situada nos 50%.
No plano demográfico, o Porto lidera igualmente a recuperação populacional no Eixo Atlântico. Após décadas de perda de residentes — de 301 mil habitantes em 1991 para 233 mil em 2014 — a cidade recuperou cerca de 20 mil habitantes entre 2016 e 2024, com especial aceleração entre 2022 e 2024, período em que registou um crescimento anual de cerca de 3%. Pela primeira vez desde os anos 1990, Porto, Gaia e Matosinhos crescem em simultâneo.
Segundo Ricardo Guimarães, director da Confidencial Imobiliário, “o Porto é a cidade que atrai mais projectos e onde estes têm maior probabilidade de se concretizar, reflectindo a sua capacidade de competir pelos recursos do sector da construção”. O responsável sublinha ainda que, entre 2015 e 2024, o Porto licenciou 50,9 fogos por mil habitantes, valor acima da média nacional (21,9), embora apenas em linha com a média da zona euro.
Em termos de preços, o Porto mantém-se como o mercado residencial mais caro do Eixo Atlântico, com um valor médio de 3.600 euros por metro quadrado em Outubro de 2025. Seguem-se Matosinhos, com 3.155 €/m², e Vila Nova de Gaia, com 2.488 €/m². Os três concelhos registaram valorizações expressivas no terceiro trimestre do ano, com crescimentos homólogos de 18,4% no Porto, 19,4% em Matosinhos e 17,3% em Vila Nova de Gaia.












