
Civilria adquire lote residencial da Quinta Bensaúde e prepara empreendimento de 264 apartamentos em Lisboa
A Civilria reforçou a sua presença em Lisboa com a aquisição do maior lote residencial da Quinta Bensaúde, no bairro das Laranjeiras, na Freguesia de São Domingos de Benfica. A operação — assessorada pela Harbor Partners e cujo valor não foi divulgado — envolve o lote 5, aprovado para uso residencial e comercial, com mais de 29 mil metros quadrados de área de construção.
O futuro empreendimento prevê 264 apartamentos distribuídos por três torres, uma delas com 19 pisos, além de áreas destinadas a comércio, serviços e estacionamento. A arquitectura está a cargo do atelier Saraiva + Associados, e a construção deverá arrancar dentro de um ano, estando a conclusão prevista para 2029.
O projecto, denominado «Laranjeiras», goza de proximidade ao Parque Bensaúde, antiga quinta do século XVII com 3,5 hectares, reconhecida pelo seu valioso património natural e arquitectónico. O espaço destaca-se pela alameda de plátanos classificada de Interesse Público, pelo maior sobreiro identificado em Lisboa e por um conjunto neoclássico de plataformas e escadarias que culminam num pavilhão projectado por um arquiteto escocês.
Inserido numa zona que será alvo de profunda requalificação urbana, o projecto pretende também resolver um ponto sensível da cidade, onde convergem vias com ritmos distintos. As três torres residenciais foram desenhadas com uma malha arquitectónica clara e simples, composta por molduras que marcam a fachada e asseguram maior privacidade e conforto nas varandas e interiores.
Em comunicado, Artur Varum, CEO da Civilria, afirmou que a empresa tem vindo a consolidar a sua presença na capital com projectos “de forte impacto”, considerando esta aquisição alinhada com a estratégia de crescimento e com a ambição de criar soluções habitacionais que integrem “comunidade, arquitectura e renaturalização de espaços verdes”.
Gonçalo Almeida, managing partner da Harbor Partners, classificou a transacção como “uma das maiores operações residenciais em Lisboa em 2025”, destacando que o negócio demonstra a confiança contínua dos investidores no mercado habitacional da cidade e na capacidade de Lisboa atrair investimento qualificado em projectos de larga escala.













