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Luísa Salgueiro quer Governo a legislar para poder ter mais habitação cooperativa

Luisa Salgueiro, candidata do PS à Câmara de Matosinhos e actual presidente da autarquia e da ANMP

Luísa Salgueiro quer Governo a legislar para poder ter mais habitação cooperativa

7 de julho de 2025

A candidata do PS à Câmara de Matosinhos, Luísa Salgueiro, actual presidente da autarquia o e da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) desafiou ontem o Governo a fazer no concelho uma experiência piloto no domínio das cooperativas de habitação, declarando estar tudo pronto para aumentar o parque habitacional.

No discurso de apresentação da sua candidatura, em Matosinhos, a actual líder do executivo do distrito do Porto considerou ser “imperioso voltar ao modelo assente no trabalho das cooperativas de habitação económica”.

“A Câmara Municipal de Matosinhos tem disponíveis, identificados, prontos para entregar terrenos para as cooperativas avançarem com mais uma leva de construção de fogos para responder às necessidades da população”, revelou Luísa Salgueiro antes de pedir a intervenção da tutela.

Neste contexto, continuou a autarca, é necessário “convencer este Governo de que é imprescindível construir os mecanismos e as ferramentas formais e financeiras para que as cooperativas de habitação económica possam novamente ter um papel central em Portugal e ajudar a combater crise da habitação”.

“E podem usar Matosinhos como piloto. Nós temos o trabalho todo pronto, só nos falta a legislação. É legislar na Assembleia da República, no Governo e nós fazermos”, desafiou.



Coinstrução pública em Matosinhos.



Parque de habitação pública no município atinje já os 5%

Luísa Salgueiro avançou com números relativamente à habitação, afirmando ser Matosinhos “um concelho com um parque de habitação pública já superior à média nacional, de 5% que compara com os 2% nacionais” e que até ao final de 2026, terão “mais 512 novas habitações, 1.400 reabilitadas”, prevendo também “278 de renda acessível” passando, no final do Plano de Reabilitação e Resiliência, “a ter uma percentagem de habitação pública de 6%”.

No domínio da mobilidade, a candidata do PS assinalou que as “validações das deslocações de metro continuam a aumentar, [tal como] na STCP e na UNIR”, mas que, ainda assim, “o número de automóveis que entra diariamente na cidade vem crescendo”.

“Reativámos a linha de passageiros de Leixões entre o Hospital de S. João e Leça do Balio, assegurámos a construção da futura linha de Metro entre a Sra. da Hora e o Hospital de S. João (Linha de S. Mamede) e está a própria autarquia a construir os 10 quilómetros da linha de Metrobus que ligará o Aeroporto Sá Carneiro a Perafita, Leça da Palmeira e Matosinhos”, assinalou a autarca sobre o esforço para combater o problema da mobilidade.

À Câmara de Matosinhos já foi confirmada a recandidatura da actual presidente de câmara, Luísa Salgueiro, pelo PS, e as candidaturas do social-democrata Bruno Pereira, do vereador da CDU José Pedro Rodrigues, do ex-socialista e vereador independente António Parada, pelo Chega, do ex-presidente do grupo parlamentar do Bloco de Esquerda (BE) Pedro Filipe Soares, e do economista Filipe Garcia (IL).

O actual executivo é composto por sete eleitos do PS, um do PSD, um independente, um pelo movimento António Parada Sim! e um da CDU.

As eleições autárquicas vão decorrer no próximo dia 12 outubro.

Lusa/DI