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Opinião

Duarte Ferreira dos Santos, City Manager da Casavo em Lisboa

Desburocratizar o setor imobiliário para servir os portugueses

16 de novembro de 2022

Em 2021, Portugal desceu seis posições no ranking de Competitividade Mundial do IMD (Institute for Management Development), de 36º para 42º, e no critério da eficiência do governo e das empresas (no qual se insere o nível de burocracia) a sua classificação também caiu de 38º para 42º. A excessiva burocratização tem atuado como um travão ao desenvolvimento da economia, sendo o mercado imobiliário um bom exemplo desta tendência.

Apesar da elevada atratividade do mercado imobiliário português quer a nível nacional – pelo facto de os portugueses valorizarem mais a compra de casa própria do que o arrendamento -, quer a nível internacional, ainda nos deparamos com processos de compra e venda de casa demorados, complexos e desgastantes para as partes envolvidas. Adicionalmente, é um processo extremamente desafiante de realizar sem o apoio de uma entidade especializada, já que envolve múltiplos intervenientes – banco, agência imobiliária, notário, seguradora, entre outros –, numerosas deslocações e gastos consideráveis. De acordo com a Confidencial Imobiliário, a venda de uma casa implica cerca de seis meses e requer, em média, 20 visitas físicas, um cenário desanimador para quem quer passar ao próximo capítulo da sua vida ou negócio.

Então, qual o caminho para descomplicar este processo? Como proporcionar uma experiência que corresponda à felicidade que este momento pode trazer às pessoas e ao peso que esta decisão tem na sua vida?

A transformação digital que já se faz sentir em diversas indústrias, como é o caso da energia, telecomunicações ou banca, é, sem dúvida, essencial. No mercado imobiliário, estes passos começaram a ser dados inicialmente por agências imobiliárias, na disponibilização de todo o seu portefólio online, e também por plataformas de aluguer de casas, que permitem inclusive que se arrende uma casa com total segurança sem nela se ter entrado. Estas soluções ganharam especial relevância com a pandemia, altura em que o confinamento atrasou muitas visitas e decisões. Contudo, a digitalização deste setor deve ir além da disponibilização de catálogos digitais de imóveis para arrendar ou comprar. O potencial da tecnologia é muito superior e pode e deve ser introduzido em processos mais complexos da transação imobiliária – desde a avaliação ao instante de entrega da chave.

No momento de vender um imóvel, a definição do preço é muitas vezes baseada em especulações de mercado. Para ultrapassar a falta de transparência na definição dos preços, os proprietários optam por procurar imóveis de tipologia e condições semelhantes à sua, saber o valor-base do metro quadrado na zona e consultar notícias sobre as tendências do mercado e as áreas com maior potencial de crescimento na cidade. Contudo, isso exige uma disponibilidade e conhecimento do setor de que a maioria não dispõe.

Adicionalmente, o risco associado à transação gera muita ansiedade entre as partes – o comprador tem de confiar que o vendedor não volta atrás na sua intenção e o vendedor deve confiar que o comprador tem asseguradas todas as condições de crédito necessárias. Uma relação de confiança entre duas partes

que, habitualmente, não se conhecem, e que tem de perdurar durante um longo período até que a transação seja concluída.

Por fim, ainda que o recurso a terceiros, como bancos e notários, seja inevitável, a sua gestão tem potencial para melhorar. Assegurar que todos os documentos estão reunidos e que não ocorrem quaisquer imprevistos no momento da escritura revelam-se tarefas particularmente desafiantes para o cidadão comum, sem experiência na área.

Tendo em conta o potencial do mercado imobiliário nacional e as diversas oportunidades de melhoria existentes, a Casavo entrou em Portugal com o objetivo de contribuir para a sua evolução, melhorando a experiência de compra e venda de casas e tornando o processo mais simples, fácil, confortável e transparente para todas as partes envolvidas. A plataforma da Casavo permite realizar, de forma autónoma e gratuita, avaliações instantâneas às propriedades, baseadas unicamente nas suas características e condições reais. De seguida, a proposta de compra é apresentada ao vendedor e, caso haja acordo, a casa é adquirida pela Casavo diretamente em apenas alguns dias, eliminando o período de incerteza e garantindo 100% do capital. Adicionalmente, para assegurar que tudo ocorre de forma fluida e mais agradável, a Casavo acompanha todo o processo e encarrega-se da gestão de toda a burocracia.

No contexto atual, em que se antevê um arrefecimento do setor imobiliário, influenciado pelas elevadas taxas de juro e pelo contexto macroeconómico, é cada vez mais relevante encontrar estratégias que favoreçam e facilitem as aquisições e transações no setor, tornando-o mais competitivo. A digitalização é, sem dúvida, um passo essencial para a desburocratização e para devolver a alegria desta decisão aos portugueses que estão a começar um novo capítulo nas suas vidas.

Duarte Ferreira dos Santos

City Manager da Casavo em Lisboa

*Texto escrito com novo Acordo Ortográfico