
Imagem © Andrea Avezzù, cortesia de La Biennale di Venezia

Imagem © Francesco Galli, cortesia de La Biennale di Venezia

Imagem © Giulio Squillacciotti, cortesia da La Biennale di Venezia
Bienal de Arquitectura de Veneza: o português dstgroup propõe uma nova cultura construtiva
O dstgroup, presidido por José Teixeira, pretende marcar uma presença disruptiva e estratégica na Bienal de Arquitectura de Veneza e na Trienal de Milão, assumindo-se como dinamizador de um novo pensamento internacional para o sector da construção.
Mais do que apresentar soluções técnicas, o grupo português propõe “uma nova cultura construtiva, com ambição de manifesto europeu, inspirada num modelo social inclusivo e comprometido com a coesão urbana, ecológica e comunitária”.
Na Bienal de Arquitectura de Veneza, que inaugura já este sábado, dia 10 de Maio, o dstgroup apoia o projecto "Obra Aberta" da Santa Sé, comissariado pelo Cardeal José Tolentino de Mendonça.
Trata-se de uma intervenção simbólica e concreta num bairro popular veneziano, onde o restauro de uma estrutura existente se torna ponto de partida para uma reflexão profunda sobre reuso, partilha e regeneração.
Esta presença liga-se à encíclica Laudato Si', do Papa Francisco, e convoca uma "nova inteligência colectiva" sobre os lugares que habitamos.
Três dias depois, a 13 de Maio, o dstgroup apresenta na Trienal de Milão, dois módulos de construção industrial integrados na exposição "Inequalities" da Fundação Norman Foster.
Estes protótipos traduzem um novo paradigma construtivo, que funde a precisão da produção industrial com a expressão poética da arquitectura de autor.
"Esta nossa presença em Itália tem subjacente o desejo de voltar a ter alguém com um pé na lua para o setor da construção, pois acreditamos que é tempo de lançar um novo movimento europeu — quase um novo Bauhaus — que coloque a arquitectura ao serviço da dignidade humana, da sustentabilidade e da justiça social", afirma José Teixeira.
Reusar. Reconciliar. Reimaginar.
A presença do dstgroup nestes dois fóruns de referência internacional dá corpo a um conceito-chave: reusar. Não apenas materiais ou estruturas, mas ideias, espaços, tradições e soluções que valorizem o que já foi construído — física e simbolicamente. O reuso é aqui motor de uma nova urbanidade, inclusiva e criativa, que resgata os valores comunitários e integra práticas industriais sustentáveis com pensamento social urbano.
“Living Lab” está a nascer em Braga numa parceria com Norman Foster
Ao contrário da estandardização despersonalizada, o modelo industrial do dstgroup propõe uma "nova gramática" da construção: modular, acessível, rápida, mas profundamente humana e estética, ou seja, uma abordagem revolucionária que reconcilia eficiência e beleza, escala e singularidade, acessibilidade e excelência.
"Não erguemos meras estruturas. Criamos espaços que elevam a experiência humana enquanto honram os limites planetários", destaca José Teixeira.
Esta visão, já em desenvolvimento no campus do dstgroup em Braga, onde o próprio Norman Foster desenha uma micro cidade, o Living Lab, posiciona o dstgroup como referência internacional na construção sustentável, capaz de influenciar políticas públicas, práticas de mercado e modelos académicos.