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Opinião

João Sousa, CEO da JPS Group

As dificuldades de um promotor no lançamento de um novo empreendimento

21 de outubro de 2022

Em Portugal, o setor imobiliário e da construção tem dado inúmeras provas de resiliência, face às adversidades com o surgimento da pandemia e, agora, com a guerra na Ucrânia, a situação agravou-se, colocando enormes desafios para o desenvolvimento da atividade de ambos os setores.

A pandemia teve um impacto profundo na atividade económica mundial em todos os setores, afetando mais uns do que outros. As empresas do setor da construção civil sofreram várias contrariedades, tais como: a subida dos preços de materiais de construção, das matérias-primas, da energia, a falta de mão de obra especializada, os atrasos nos processos de licenciamento das obras e nas entregas de materiais, que provocaram um impacto incalculável nas obras de uma forma geral e, contribui inevitavelmente para o aumento dos preços das casas.

Apesar de ambos os setores terem sentido o abalo inicial da pandemia, souberam readaptar-se e conseguiram manter a tendência crescente, porque na realidade, os investimentos mantiveram-se, existe uma grande procura a nível internacional, pois continuamos no radar dos investidores internacionais, mas também a nível nacional tanto para habitação própria, como para investimento. Mas, a escassa oferta de casas novas no mercado não consegue dar resposta a tanta procura. A conjuntura atual, o aumento da inflação, com impacto imediato no orçamento das famílias compradoras, a subida das taxas EURIBOR para controlar a subida da inflação e o aumento dos preços dos combustíveis e energia, acresce mais despesa na cadeia de valor e numa subida de preços ao consumidor, tendo um profundo impacto na economia e naturalmente afeta as promotoras imobiliárias.

Como promotor, diria que um dos principais problemas para a nossa atividade são os atrasos no licenciamento camarário, que dificultam a entrada de novas casas no mercado e havendo mais oferta permitiria baixar os preços das mesmas. Esta demora no licenciamento conjugada com o aumento dos preços da construção são das principais preocupações dos promotores imobiliários, porque gera um sobrecusto no preço final das habitações. Se tivermos em conta que um processo de licenciamento pode demorar entre 3 a 4 anos, tal reflete-se inevitavelmente no aumento exponencial do preço do m2 de construção nova.

A JPS GROUP enquanto promotora está direcionada sobretudo para o mercado português e tem como objetivo manter os preços competitivos, acaba por fazer um enorme esforço, para que este impacto não seja totalmente suportado pelo comprador final. Tal só é possível de o fazer, através de construtora própria e comprar os materiais em escala e com antecedência, para conseguir minimizar o impacto da subida de preços, trabalhando diariamente para contrariar os atrasos sofridos no setor de uma forma geral e que têm sido muito penalizadores. De momento, a JPS GROUP tem em construção simultânea mais de 700 unidades, pelo que o fecho destes projetos constitui por si só um desafio presente e futuro para o nosso grupo.

Apesar destas dificuldades, e como otimista por natureza, encaro o atual momento conjuntural como um desafio diário e, como tal, o nosso grupo vai lançar em breve um novo empreendimento de grande dimensão, com cerca de 1200 frações, será o nosso maior empreendimento, e um dos maiores do país, e que será um marco importante na história da nossa empresa. Naturalmente, e até pela fase de aprovações e de comercialização em planta que vamos passar, quando iniciarmos a fase de construção, contamos ter já os processos que estão a decorrer fechados, pelo que continuaremos a garantir emprego a centenas de pessoas que trabalham connosco e que serão inseridas neste novo projeto. A JPS GROUP continua focada na sua missão de criar novas soluções de habitação, para dar resposta à falta de oferta de casas no mercado com projetos únicos e com conceitos inovadores.

João Sousa
CEO da JPS GROUP

*Texto escrito com novo Acordo Ortográfico

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