
João Sousa, CEO JPS Group
Portugal está a mudar: como o imobiliário pode liderar a nova centralidade
Portugal vive uma mudança estrutural da habitação, acelerada por fatores económicos, sociais e políticos. A crise de acessibilidade à habitação é uma realidade, devido ao aumento dos preços das casas, que atingem níveis históricos este ano, mas também os custos elevados dos terrenos, da construção, e elevada fiscalidade, atrasos nos processos dos licenciamentos, entre outros, contribuem para a diminuição da oferta de habitação.
Esta pressão imobiliária, leva a que, por um lado, os promotores procurem soluções para dar resposta ao mercado, explorando novas zonas de construção, muito focados atualmente no desenvolvimento previsto a sul do Tejo, que vai encurtar distâncias em termos de tempo, e, por outro lado, os compradores, com total ausência de opções nos grandes centros, começam a avaliar as ofertas, e a optar por empreendimentos, se bem que menos próximos do centro, mas com maior qualidade de vida, maiores áreas, mais e melhores espaços exteriores, mais segurança e, muito importante, melhores preços.
O setor imobiliário posiciona-se, desta forma, como motor de uma nova centralidade, por razões estratégicas e estruturais, que o tornam um catalisador do desenvolvimento urbano e económico. Surgem assim novas oportunidades de investimento, com aumento da procura e com forte valorização imobiliária. Também o investimento em mobilidade e futuras infraestruturas na zona (novo aeroporto, TGV, terceira travessia do Tejo, metro sul do Tejo, reforço dos transportes públicos, etc.), vão facilitar o acesso e reduzir o tempo das deslocações para a capital. O governo já tem em curso um reposicionamento estratégico da zona, sobretudo, com o Arco Ribeirinho Sul (Barreiro, Seixal, Montijo e Alcochete), pensado como nova centralidade urbana, económica e habitacional.
A melhoria de transportes, a mobilidade sustentável, a tranquilidade, a qualidade de vida, o contacto com a natureza, o custo de vida mais acessível e a baixa densidade, tornam esta zona cada vez mais atrativa para viver e trabalhar. Os novos empreendimentos residenciais a sul do Tejo respondem às novas exigências sociais, económicas e ambientais e transformam as zonas periféricas em polos urbanos atrativos, atraindo investimento e reforçando a nova centralidade.
Como promotora imobiliária, a JPS GROUP antecipa tendências e está atenta às novas necessidades do mercado imobiliário. Nesta nova centralidade, já tínhamos lançado um condomínio de luxo localizado em Alcochete, os “Terraços de São Francisco”, com 170 frações, que foi um enorme sucesso de vendas. Recentemente, lançámos a “Herdade Real de Santiago” com cerca de 1.200 frações, entre moradias, apartamentos e comércio, que se estendem por 500.000 m2 de construção e áreas verdes. Este é um dos maiores empreendimentos da história do grupo, alinhado com esta nova centralidade urbana. Com localização estratégica em Pegões (Montijo), a poucos minutos da Ponte Vasco da Gama será servida por futuras infraestruturas de ponta - como o novo aeroporto, a linha de TGV Lisboa-Madrid, com uma paragem projetada a somente 15 minutos do empreendimento, e também vai beneficiar da terceira travessia sobre o Tejo.
A tendência habitacional é criar comunidades integradas, com todas as comodidades, comércio, serviços, lazer e habitação num só espaço, para proporcionar um estilo de vida prático e sustentável. A sustentabilidade e a qualidade de vida foram igualmente colocadas no centro da conceção da Herdade Real de Santiago. O plano urbanístico integra zonas verdes, praça central com espelhos de água e comodidades exclusivas de lazer, tais como: piscinas, ginásio, court de ténis, circuitos de manutenção, entre outros. Adicionalmente, foram pensados serviços orientados para diferentes perfis de residentes, incluindo soluções específicas para famílias e para a população sénior, como o serviço especial de apoio a residentes seniores, reforçando o caráter inclusivo e intergeracional do empreendimento. A Herdade Real de Santiago oferece casas inteligentes equipadas com a tecnologia NOS Smart Home, em parceria com a NOS, para maior conforto, segurança, eficiência energética e conectividade.
A Herdade Real de Santiago é mais do que um projeto imobiliário. Representa uma visão para o futuro, em que a habitação deixa de estar exclusivamente concentrada nos grandes centros urbanos e integra territórios com elevado potencial de crescimento e em forte valorização imobiliária. É uma alternativa para mitigar a falta de oferta habitacional, aos preços elevados de Lisboa, apostando em soluções sustentáveis, acessíveis e tecnologicamente avançadas.
Como CEO da JPS GROUP, acredito que cabe ao setor imobiliário assumir um papel de liderança neste processo de transformação. A nossa responsabilidade não é somente construir casas, mas contribuir para a criação de comunidades modernas, sustentáveis e adaptadas aos desafios do futuro. A Herdade Real de Santiago é a materialização desse compromisso: habitação, comércio, serviços, lazer, natureza e conectividade, numa zonaestratégica para o país.
O imobiliário português tem capacidade para liderar esta nova centralidade com visão, investimento e capacidade de execução. Estes projetos atraem investidores, jovens, famílias e empresas, tornando esta zona um destino de escolha, e não apenas uma alternativa económica.
João Sousa
CEO da JPS GROUP
*Texto escrito com novo Acordo Ortográfico