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Hoteleiros algarvios querem construir habitação social para trabalhadores

Imagem de 652234 por Pixabay

Hoteleiros algarvios querem construir habitação social para trabalhadores

22 de março de 2024

Os hoteleiros algarvios querem construir habitação para fixar trabalhadores e combater a falta de mão-de-obra no sector turístico e pedem ao Governo que disponibilize terrenos a preços acessíveis, disse hoje o presidente da maior associação hoteleira da região.

Em declarações à Lusa, o presidente da Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA), Hélder Martins, lamentou que o pedido "feito reiteradamente, desde há pelo menos dois anos, a vários ministros e secretários de Estado, ainda não tenha tido acolhimento".

"Temos vindo a pedir que seja criada uma bolsa de terrenos que possam ser disponibilizados a preços aceitáveis, e não de mercado, para construir habitação considerada como social para fixar funcionários da hotelaria", referiu.


Imagem de Rodrigo Salomón Cañas por Pixabay


Segundo Hélder Martins, a inexistência de “habitação condigna e a preços acessíveis, é o primeiro problema para combater a falta de mão-de-obra no turismo e para a fixação de talentos na região", que se debate com a falta de trabalhadores para o sector.

“Só nos últimos dois anos, apresentei a proposta a vários ministros e secretários de Estado, mas até à data não obtivemos qualquer resposta, apesar de todos considerarem a proposta muito boa”, realçou o empresário.


Helder Martins, presidente da AHETA


O dirigente da AHETA considera que “esta é a altura ideal” para ir ao encontro das pretensões dos hoteleiros, dado que decorre a revisão dos planos directores municipais (PDM), instrumentos de planeamento e ordenamento do território.

“Consideramos a altura ideal para introduzir esta pretensão: a criação de uma bolsa de terrenos para que sejam vendidos fora dos preços de mercado e para construção de habitação enquadrada no regime de habitação social”, reforçou.

O objetivo “é que se possa construir habitações de várias tipologias, fora de zonas de influência turística, a quatro ou cinco quilómetros de distância da unidade hoteleira, para posteriormente serem disponibilizadas aos funcionários”, precisou.

Aquele responsável disse esperar que a proposta, também apresentada aos partidos durante a campanha eleitoral, “possa ter seguimento a breve prazo, já que todos os partidos manifestaram a sua concordância”.

A resolução do problema da falta de habitação no Algarve passou a ser uma estratégica prioritária também para os empresários da hotelaria, no recrutamento de mão-de-obra para o sector, problema que se tem vindo a agravar nos últimos anos.

Lusa/DI