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Lisboa recuperou da variação negativa dos preços da habitação no 2º trimestre

 

Lisboa recuperou da variação negativa dos preços da habitação no 2º trimestre

28 de outubro de 2021

No 2º trimestre, o preço mediano de alojamentos familiares em Portugal foi 1268 euros/m2, representando uma taxa de variação homóloga de +6,8% (+3,1% no trimestre anterior), avança hoje o INE - Instituto Nacional de Estatística.

Esta aceleração dos preços verificou-se também nas sub-regiões com preços medianos da habitação superiores ao do país – Região Autónoma da Madeira (+10,1 p.p.), Área Metropolitana de Lisboa (+5,6 p.p.) e Área Metropolitana do Porto (+0,4 p.p.) –, com exceção do Algarve (-0,5 p.p.).

No período em análise, a variação homóloga dos preços aumentou em nove dos 11 municípios com mais de 100 mil habitantes da Área Metropolitana de Lisboa tendo esta aceleração sido superior à verificada a nível nacional (+3,7 p.p.) em Lisboa (+9,3 p.p.), Setúbal (+7,1 p.p.), Vila Franca de Xira (+7,0 p.p.) e Cascais (+4,7 p.p.). Lisboa recuperou assim da variação negativa observada no trimestre anterior, mas manteve um crescimento homólogo (+1,4%) muito inferior ao registado a nível nacional. Entre os seis municípios com mais de 100 mil habitantes da Área Metropolitana do Porto, Maia (+6,7 p.p.) e Gondomar (+6,3 p.p.) apresentaram também uma aceleração dos preços superior à do país. Em sentido oposto, Porto (-11,6 p.p.) e Oeiras (-6,4 p.p.) registaram as reduções mais significativas das taxas de variação homóloga, entre os municípios das áreas metropolitanas.

Quarenta e oito municípios, localizados maioritariamente no Algarve e Área Metropolitana de Lisboa, registaram preços da habitação acima do valor nacional (1 218 euros/m2 )

O relatório do INE indica ainda que tomando como referência as vendas efetuadas durante os 12 meses entre Julho de 2020 e Junho de 2021, o preço mediano de alojamentos familiares em Portugal foi 1 218 euros/m2 , aumentando +1,8% relativamente ao trimestre anterior e +7,1% relativamente ao trimestre homólogo. O preço mediano da habitação manteve-se acima do valor nacional nas regiões do Algarve (1 813 €/m2), Área Metropolitana de Lisboa (1 685 €/m2), Região Autónoma da Madeira (1 363 €/m2) e Área Metropolitana do Porto (1 304 €/m2).

No período em análise, 48 municípios apresentaram um preço mediano superior ao valor nacional, localizados maioritariamente nas subregiões Algarve (14 em 16 municípios) e Área Metropolitana de Lisboa (16 em 18). O município de Lisboa (3 318 €/m2) registou o preço mais elevado do país. Verificaram-se também valores superiores a 2 000 €/m2 em Cascais (2 894 €/m2), Oeiras (2 460 €/m2), Loulé (2 326 €/m2), Porto (2 244 €/m2), Albufeira (2 094 €/m2), Odivelas (2 058 €/m2), Lagos (2 026 €/m2) e Tavira (2 022 €/m2), os mesmos municípios que no trimestre anterior.

A Área Metropolitana de Lisboa, o Algarve, a Área Metropolitana do Porto, a Região de Coimbra, o Alentejo Central e a Região Autónoma da Madeira, tal como no trimestre anterior, apresentaram diferenciais de preços entre municípios superiores a 1 000 €/m2 .

Cidades de Porto e Gaia com maiores taxas de crescimento homólogo no 2º trimestre 2021 (últimos 12 meses), entre as 7 cidades com mais de 100 mil habitantes

No período de 12 meses entre Julho de 2020 e Junho de 2021, a cidade de Lisboa apresentou o preço mediano de alojamentos familiares mais elevado (3 318 €/m2), entre as sete cidades com mais de 100 mil habitantes. A cidade do Porto, tal como no trimestre anterior, destacou-se por registar o maior crescimento face ao período homólogo (+17,8% vs. +7,1% em Portugal).

Para além do Porto, Vila Nova de Gaia (+14,8%), Amadora (+9,2%) e Braga (+7,1%) registaram também um crescimento homólogo igual ou superior ao valor nacional (+7,1%). As cidades de Coimbra (+5,7%) e Funchal (+3,4%) apresentaram um aumento dos preços da habitação, mas inferior ao do país. A cidade de Lisboa, tal como no trimestre anterior, apresentou uma taxa de variação homóloga negativa (-1,7%).

Face ao período de 12 meses entre abril de 2020 e março de 2021, a taxa de variação homóloga do preço mediano aumentou apenas nas cidades de Coimbra (+1,7 p.p.) e Vila Nova de Gaia (+1,0 p.p.). A cidade do Funchal (-2,3 p.p.) registou a maior diminuição, seguida de Braga (-1,7 p.p.), Porto (-1,4 p.p.), Lisboa (-0,6 p.p.) e Amadora (-0,4 p.p.).

No período de 12 meses entre julho de 2020 e junho de 2021, nas cidades de Lisboa, Porto, Amadora, Funchal, Coimbra e Vila Nova de Gaia, o preço de venda de alojamentos manteve-se acima do valor do país. Braga (1 071 €/m2) foi a única cidade com mais de 100 mil habitantes que registou um preço inferior ao valor nacional, tal como em trimestres anteriores.

A cidade de Lisboa registou a maior diferença entre os preços de alojamentos novos (4 098 €/m2) e de alojamentos existentes (3 256 €/m2): 842 €/m2 . Lisboa distinguiu-se também, tal como em trimestres anteriores, por apresentar os preços mais elevados, entre as sete cidades com mais de 100 mil habitantes, em todas as classes de tipologia do alojamento consideradas. A maior diferença entre os valores medianos nas quatro classes de tipologia do alojamento registou-se no Porto, entre as tipologias T0 ou T1 (2 625 €/m2) e T4 ou superior (1 823 €/m2).

A cidade de Vila Nova de Gaia registou a menor diferença de preços entre as quatro classes de tipologia do alojamento (159 €/m2): a tipologia T4 ou superior assumiu o menor valor mediano (1 283 €/m2) enquanto as tipologias T0 ou T1 apresentaram o mais elevado preço da habitação (1 442 €/m2) na cidade.