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Compra de casa por jovens até aos 35 anos dispara

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Compra de casa por jovens até aos 35 anos dispara

18 de dezembro de 2025

Compra de casa por jovens até aos 35 anos disparou (+59%) de 2023 até ao presente, de acordo um estudo da ERA Portugal.

Os dados de uma análise realizada pela rede de mediação imobiliária, para aferir os impactos no mercado imobiliário das medidas direcionadas à habitação jovem implementadas pelo Governo em meados do ano passado, revelam que os números de compras de imóveis efetuadas por clientes até aos 35 anos disparou entre 2023 e 2025, tendo registado uma maior aceleração em 2024 após a entrada em vigor destas políticas.

Para obter conclusões mais fidedignas, esta análise baseou-se nas aquisições efetuadas no período anterior (2023 e 2024) e posterior (2024 e 2025) à aplicação das medidas.

Em Maio de 2024, o Governo português criou um pacote de medidas com o intuito de estimular a compra de casa por parte de jovens até os 35 anos, incluindo isenções fiscais (IMT e IS) e a criação da garantia pública. O efeito foi imediato: nesse ano, a ERA registou uma subida de +28,4% nas aquisições realizadas por esta faixa etária face a 2023 e, logo após a aplicação prática destas políticas, verificou-se um aumento de 233 compradores jovens qualificados (que cumpriam os requisitos impostos para usufruirem dos incentivos), o maior crescimento absoluto entre todas as faixas etárias.

Em 2025, com as medidas já plenamente em vigor, o crescimento manteve-se elevado (+24%) em relação ao ano anterior.

Além do aumento de procura, acompanhado pela estabilização das taxas de juro, esta janela temporal ainda assinalou uma continuada pressão sobre a oferta, especialmente nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, bem como nas regiões turísticas.

Os dados ainda demonstram que, num momento em que a oferta permanece limitada, a procura por parte dos jovens veio pressionar ainda mais o preço médio dos imóveis e reforçar a tensão no mercado.

“As medidas de apoio aos jovens não só aumentaram o interesse deste segmento, como também reduziram parte das barreiras associadas ao esforço financeiro. Estes sinais evidenciam uma camada da população jovem que, hoje, está mais ativa, mais madura e mais próxima da decisão. No entanto, o aumento da pressão sobre a oferta volta a deixar bem claro a urgência de agilizar processos e promover mais construção em Portugal”, afirma Rui Torgal, CEO da ERA Portugal.