CONSTRUÍMOS
NOTÍCIA
Sustentabilidade

 

Cruzeiros deixam de utilizar gasóleo em 2022 quando atracarem em Lisboa

5 de junho de 2020

O vereador do Ambiente da autarquia da capital, José Sá Fernandes, anunciou hoje uma série de projectos e inaugurações no âmbito do programa Lisboa Capital Verde Europeia 2020.

Os navios de cruzeiros vão deixar de poder utilizar gasóleo quando atracarem em Lisboa, a partir de 2022, anunciou José Sá Fernandes.

“Conseguimos chegar anteontem [quarta-feira] a acordo com o Porto de Lisboa para que os cruzeiros a partir de 2022 não usem gasóleo quando atracam em Lisboa. Portanto, que haja electrificação do porto para não haver poluição atmosférica”, disse o vereador.

Recorde-se que ainda recentemente a Associação Ambientalista Zero alertava “que as emissões de óxidos de enxofre dos navios de cruzeiro na costa portuguesa foram 86 vezes superiores às emissões dos automóveis que circulam em Portugal”, denunciando esta realidade de que muitos cidadãos parecem completamente alheados.

 

Carnide com Estação de Hidrogénio

O vereador do Ambiente adiantou também que a capital terá uma estação de hidrogénio em Carnide, na central fotovoltaica prevista para aquele local até ao “início do ano que vem”.

Trata-se da “primeira estação de hidrogénio para abastecer veículos e para armazenar hidrogénio e, portanto, é outra fonte de energia renovável”, salientou.

A cidade de Lisboa vai ainda voltar a ter água de nascente, além de continuar com “o trabalho de água reutilizada”, permitindo que os lisboetas possam poder “voltar a ir buscar água para regas e para lavagens de rua”, destacou o vereador do Ambiente e da Estrutura Verde.

 

Conclusão do Plano Verde do Arq.º Gonçalo Ribeiro Telles

O vereador destacou ainda as obras, “em projecto final”, do Vale da Montanha II e do Vale do Forno, as únicas que faltam para concluir o Plano Verde do arquitecto Gonçalo Ribeiro Telles.

José Sá Fernandes desvendou também os locais dos jardins surpresa previstos abrirem ao longo deste ano, destacando o da Quinta da Alfarrobeira, da Caixa Geral de Depósitos (Av. D. João XXI) e da EPAL, junto às Amoreiras.

“Praticamente todos os meses vamos abrir um jardim novo”, afirmou, referindo que alguns necessitarão ainda de obras.

“Acho que podemos aprender várias coisas com aquilo que a cidade nos ensinou. Esta cidade que ficou parada, que ficou silenciosa, que parecia que se estava a escutar a si própria, e que nós pudemos escutá-la também”, considerou.

Para o vereador do Ambiente, a sociedade está a aprender, fruto da pandemia de covid-19, que é possível “trabalhar mais em casa” nalguns casos e a “desfasar os horários”, contribuindo para uma cidade mais sustentável e com menos “engarrafamentos nas horas de ponta".

Lusa/DI