CONSTRUÍMOS
NOTÍCIA
Actualidade

 

Procura por residências estudantis cresce na Europa e Lisboa apresenta grande potencial de expansão

15 de dezembro de 2021

Nos próximos cinco anos, a procura por soluções residenciais orientadas para o segmento estudantil deverá aumentar significativamente na Europa. Portugal foi um dos países europeus em que se registou um aumento anual médio de 2,4% do número de estudantes no ano letivo 2020/2021, face ao ano anterior.

Esta é uma das conclusões da análise European Student Housing: Forever Young, da consultora imobiliária internacional Savills, que avança, adicionalmente, que o crescimento do segmento de soluções residenciais dedicadas ao segmento estudantil (purpose-built student accomodation ou PBSA) está a ser impulsionada pelo crescimento a população estudantil no continente.

Dados da Savills indicam que, entre os anos letivos 2019/2020 e 2020/2021, a população estudantil registou um crescimento médio anual de 2,4% em Portugal, Suécia, Dinamarca, Itália, Países Baixos, França, Alemanha, Espanha, Polónia, República Checa e Reino Unido. Entre os anos letivos 2018/2019 e 2019/2020, havia sido observado um decréscimo de 1,2%.

Com base em dados da Oxford Economics, o relatório da Savills avança que o número total de indivíduos com idades compreendidas entre os 20 e 29 anos nas cidades em que se encontram as maiores concentrações de instituições de ensino tem vindo a aumentar desde 2017, após mais de uma década de diminuição.

As previsões apontam para o aumento da pressão sobre os valores de arrendamento em localizações em que a oferta de PBSA seja limitada. Lisboa, Roma, Milão e Valência são algumas das cidades europeias que disponibilizam uma oferta reduzida de soluções residenciais para estudantes, pelo que se deverá esperar um aumento significativo dos valores das rendas dos segmentos residenciais locais.

As previsões apontam para um aumento de cerca de 1% da população total de indivíduos entre os 20 e 29 anos nos próximos cinco anos em Lisboa, face ao decréscimo de mais de 1% observado na capital entre 2010 e 2020. No Porto, espera-se uma diminuição de cerca de 0,5% desse segmento demográfico, pelo que a cidade de Lisboa deverá figurar como uma das localizações mais atrativas para o desenvolvimento de projetos no setor PBSA.

Alexandra Gomes, Head of Research da Savills Portugal, refere que 'no ano académico de 2020-2021, Portugal registou um total de 411 995 alunos, dos quais 14% são alunos internacionais. Com uma taxa de crescimento média de 10% nos últimos de cinco anos e uma oferta ainda escassa, Portugal apresenta-se como um dos mercados com maior potencial de desenvolvimento de projetos PBSA. Com uma estimativa de 150.600 estudantes deslocados nas principais cidades universitárias (Lisboa, Porto e Coimbra) e, aproximadamente, 5.400 camas em alojamento universitário, a oferta existente só pode satisfazer 3,5% da procura'.