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Portugal Tech II: Governo, FEI e BPF investem novamente em venture capital com ADN português

2 de novembro de 2021

O Ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, e o Vice-Presidente do BEI, Ricardo Mourinho Félix, lançaram o programa Portugal Tech II na Web Summit. O novo programa pretende mobilizar 250 milhões de euros de investimentos em projectos de transferência de tecnologia e start-ups portuguesas.

O programa foi desenvolvido pelo Fundo Europeu de Investimento (FEI), parte integrante do Grupo BEI, em cooperação com o Banco Português de Fomento (BPF), e tem como objectivo apoiar o desenvolvimento da indústria de capital de risco em Portugal.

Dando continuidade às parcerias de capitalização FEI - BPF lançadas nos últimos três anos, que incluem os programas Portugal Tech IPortugal Growth e Portugal Blue, o novo programa terá uma dotação nacional de 50 milhões de euros, aos quais acrescem mais 50 milhões de euros de recursos europeus. 

No total, o Portugal Tech II visa mobilizar 250 milhões de euros de investimentos em capital de risco para apoiar projectos de transferência de tecnologia de universidades para o mercado, e também start-ups de base tecnológica e elevado potencial em áreas como a inteligência artificial, machine learningfintechhealth tech e cibersegurança.

O Portugal Tech II irá seleccionar fundos de capital de risco geridos por equipas privadas portuguesas com track-record relevante nos segmentos de venture capital, transferência de tecnologia e aceleração, que demonstrem ser capazes de levantar capital junto de investidores privados e institucionais.

O novo programa é inspirado no Portugal Tech I, que foi lançado em 2018 e que tem sido reconhecido pelo sucesso ao mobilizar capital privado e gerar cerca de cinco euros de investimentos por cada 1 euro de financiamento nacional. Com um processo de investimento independente e uma rápida capacidade de execução, o programa conta como parceiros alguns dos mais destacados gestores de capital de risco em Portugal – Indico Capital Partners, Armilar Venture Partners e Faber Capital.

Através dos seus fundos – que se encontram ainda em fase de investimento, o Portugal Tech I ajudou a financiar uma longa lista de empresas de base tecnológica com ADN português, das quais são exemplo a Bizay, a Sword Health, a Tonic App, a iLof, a Unbabel, a Infraspeak, a Casafari, a Anchorage, a Student Finance, a Barkyn, a Findster, a Codacy, a Raws, a Ydata e a Eattasty.

O Ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, afirmou que "o alargamento do programa Portugal Tech é prova do sucesso da parceria com o FEI, que nos permite agora reforçar o compromisso português com o vibrante ecossistema tecnológico no nosso país, garantindo que os fundadores das empresas continuam a ter acesso a financiamento adequado, a obter investimento privado e a atingir fases de maior crescimento." O Ministro destacou ainda que "o Portugal Tech, que tem como parceiro nacional o BPF, "continuará a apoiar um ambiente onde a tecnologia e a inovação desempenham papéis centrais na transformação da nossa economia".

"O Grupo BEI é o principal investidor em inovação da Europa e está empenhado em apoiar o ecossistema português de capital de risco. O acordo hoje alcançado na Web Summit, a maior conferência tecnológica da Europa, constitui uma excelente notícia para os fundadores e empresários portugueses», declarou o Vice-Presidente do BEI, Ricardo Mourinho Félix. "Com base no historial único do Fundo Europeu de Investimento de apoio a polos tecnológicos e a unicórnios europeus, esta iniciativa ajudará a transformar ideias disruptivas em empresas de sucesso que podem colocar Portugal e a Europa numa posição de vanguarda na corrida tecnológica mundial".

O FEI encontra-se já a analisar propostas de fundos de capital de risco no âmbito do Portugal Tech II, devendo as candidaturas ser submetidas na sua plataforma online (aqui). O primeiro fundo a ser investido pelo programa deverá ser anunciado em 2022.