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Escritórios

 

Escritórios iniciam ano com crescimento de 50% apesar da falta de oferta

13 de fevereiro de 2020

Não obstante a escassez de espaços novos disponíveis, a actividade no mercado de escritórios de Lisboa continua robusta e inicia o ano com uma ocupação de 14.062 m2, ou seja, 50% acima do desempenho do mesmo mês de 2019, de acordo com o Office Flashpoint da JLL referente ao mês de Janeiro. 

"Este início de ano prova que a procura de escritórios não dá sinais de abrandamento e que é urgente encontrar soluções relativamente rápidas para satisfazer as empresas que precisam de espaço já. Os projectos novos estão em desenvolvimento e alguns vão chegar ao mercado já este ano, mas enquanto o pipeline de nova construção não ganha a escala necessária, temos que apostar na requalificação e reconversão de edifícios já existentes. Não dar resposta à procura que existe hoje terá um enorme custo de oportunidade", refere Mariana Rosa, Head of Office & Logistics Agency & Transaction Manager da JLL.

Comparativamente ao mês anterior, Janeiro registou uma queda de 8%, embora o último mês do ano passado tenha tido uma performance muito acima da média, com mais de 22.000 m2 ocupados.

As áreas de grande dimensão voltaram a nortear a procura, com a área média por operação em Janeiro a totalizar 2.009 m2. O mês registou apenas 7 operações, incluindo a ocupação de um edifício na avenida Infante D. Henrique, num total de 6.146 m2. A ocupação de 3.638 m2 no edifício do GreenPark e de 2.892 m2 pelo Santander Consumer no Alagoa Office & Retail Center foram as outras duas operações com maior escala do mês. A zona 5 (Parque das Nações), que acolheu a maior operação do mês, foi a mais dinâmica, com 44% da ocupação no mês; seguindo-se a zona 3 (Novas Zonas de Escritórios), com 27% e influenciada pela operação de uma empresa de serviços financeiros; e a zona 6 (Corredor Oeste), com um peso de 22% e palco da já referida instalação do Santander Consumer no Alagoa Office & Retail Center.

Em termos de sectores da procura, novamente estas três operações influenciaram os resultados mensais, com a área de "Serviços Financeiros" a constituir-se como a mais dinâmica (46%), logo seguida de perto pelas empresas de "Serviços a Empresas", com um peso de 45%.

Importa ainda realçar que 69% da ocupação registada no mês de Janeiro foi gerada em mudança de instalações.