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Achados arqueológicos "mais velhos que a Sé de Braga”

19 de maio de 2023

A intervenção arqueológica na Rua Nossa Senhora do Leite, contígua à Sé de Braga, revelou vestígios que são mais antigos que a própria Sé . Estes são os primeiros resultados de um projecto que está no terreno e que aponta para que os achados remontem ao século V.

Segundo a arqueóloga e professora do Departamento de História do Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho, Fernanda Magalhães, foram encontrados elementos “que podem estar associados a um altar”. “Trata-se de um edifício que vai pelo menos desde o século V até à actualidade e que é mais antigo do que a Sé de Braga”, explicou ontem a responsável durante a apresentação dos resultados preliminares, que decorreu na Casa do Conhecimento, no Largo do Paço, integrada na programação da Braga Romana.

Esta apresentação decorreu no âmbito de uma mesa redonda, subordinada ao tema ‘Oportunidades e Desafios da Arqueologia Urbana’, e reuniu especialistas da arqueologia e do património histórico de Portugal e Espanha.



O projecto de arquitectura da obra foi reformulado, suportado pela entidade privada, de forma a integrar os vestígios arqueológicos encontrados e é coordenado pela equipa da unidade de Arqueologia da UMinho, que conta com parceiros internacionais como a Universidade da Corunha e a Universidade Rovira, Virgil.

Ricardo Rio, presidente da Câmara de Braga, Ricardo Rio, destacou o “empenho do proprietário em contribuir para a valorização deste legado”, sublinhando que Braga fica feliz por ver o seu passado a ser mais uma vez enriquecido com vestígios que vão poder ser visitados numa lógica de musealização. Esta é mais uma peça num puzzle muito alargado e cada vez mais extenso”, referiu, na sessão que contou ainda com a presença do Reitor da UMinho, Rui Vieira de Castro.

O Autarca sublinhou que este é um ano “especialmente bom” para a arqueologia da Cidade, destacando a intervenção em curso no Convento S. Francisco, o início do processo para a musealização da Ínsua das Carvalheiras e os projectos de valorização do Museu D. Diogo de Sousa.