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Paço de Valverde em Évora REVIVE e vai ser hotel

16 de outubro de 2020

No âmbito do Programa REVIVE, a Universidade de Évora (UÉ) e o Governo, através da Secretaria de Estado do Turismo, assinam esta sexta-feira o contrato de concessão da Quinta do Paço de Valverde com a empresa SABIR Investimentos , para a transformação do imóvel numa unidade hoteleira.

Recorde-se que, tal como o DI noticiou, o prazo para apresentação de propostas ao concurso lançado para a concessão da Quinta do Paço de Valverde, em Évora, foi prorrogado até ao dia 1 de Julho devido à situação de pandemia da Covid-19.

O concurso para a concessão de exploração do antigo paço episcopal de Évora foi lançado no dia 27 de Janeiro de 2020, com vista à realização de obras, incluindo de infraestruturas, e posterior exploração para fins turísticos como estabelecimento hoteleiro, com a classificação de quatro estrelas ou superior. O concurso previa a duração da concessão por cinquenta anos e uma renda mínima anual 10.000 euros.

O imóvel, de Interesse Público, tem uma área bruta total de construção de 7.478 m² e o número estimado de quartos previsto para a futura unidade hoteleira, após a reabilitação e renovação do edificado, é de cerca de 95 quartos.

O imóvel será reconvertido numa unidade hoteleira pela empresa SABIR Investimentos, que ganhou o concurso público de concessão no âmbito do Programa REVIVE. Não se conhece ainda o montante do investimento que o grupo hoteleiro com sede em Coimbra e detentora da cadeia Sweet Hotels vai aplicar na reabilitação da futura unidade hoteleira.

“O conjunto patrimonial da Quinta do Paço de Valverde, com construção do início do século XVI e classificado como imóvel de interesse público, está integrado no Polo da Mitra” da UÉ, a alguns quilómetros da sede de concelho.

 

Apesar da pandemia e a crise que atinge o Turismo, o Programa REVIVE avança....

A cerimónia de assinatura do contrato está marcada para as 15:30 desta sexta-feira, mas é antecedida por uma visita à propriedade, uma hora antes, orientada por Filipe Themudo Barata, professor do Departamento de História da UÉ.

Na sessão, estão previstas as intervenções da reitora da UÉ, Ana Costa Freitas, da secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, e da directora da SABIR Investimentos, Shahenaz Sadruin Ibrahim Ali.

Segundo a UÉ, a propriedade já foi alvo de obras de recuperação, que incidiram nas capelas de S. João do Deserto, de S. Teotónio e das Penhas, e, recentemente, “recebeu financiamento para a reabilitação dos sistemas hidráulicos e a consolidação dos muros e pavimentos”, no âmbito do Programa Valorizar, dinamizado pelo Turismo de Portugal.

O Programa REVIVE, recorde-se, é uma iniciativa conjunta dos ministérios da Economia, Cultura e Finanças, com a colaboração das autarquias e a coordenação do Turismo de Portugal.

A iniciativa abre o património imobiliário público ao investimento privado, através da concessão da sua exploração, por concurso público, para o desenvolvimento de projectos turísticos que preservem e valorizem a identidade histórica, cultural e social do país.

“Em 2019 foi lançada a segunda edição do Revive, com a integração de 16 novos imóveis. O programa integra actualmente um total de 49 imóveis, dos quais 21 se localizam em territórios do interior”.

Até ao momento “foram lançados concursos para a concessão de 22 imóveis no REVIVE, tendo sido adjudicadas 18 concessões, que representam um investimento total estimado em cerca de 138 milhões de euros e rendas anuais na ordem dos 2,4 milhões de euros” para. o Estado

A quinta possui um paço episcopal, de inícios do século XVI, que serviu de local de descanso para os membros da diocese, tendo, posteriormente, sido aí fundado um convento de frades capuchos, cuja comunidade se instalou em 1517.

Na altura do lançamento do concurso público, foi divulgado que, da área a concessionar, faz parte um conjunto patrimonial constituído pela Quinta do Paço de Valverde, Capela e Claustro da Mitra, mata, várias pequenas capelas, jardim de Jericó e lago, aqueduto, sistema hídrico e horta, entre outras valências.

Após a extinção das ordens religiosas, em 1834, ficou na posse do Estado, que aí instalou um Posto Agrário, mais tarde Escola Prática de Agricultura e, depois, a Escola de Regentes Agrícolas, agregada, até hoje, à UÉ.

Lusa/DI