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Tempo de venda de uma casa reduz 25% na ERA

18 de julho de 2023

Na apresentação dos resultados do 2º trimestre, a ERA revela que o número de imóveis vendidos cresce +3,5% e volume de negócios transaccionados aumenta +5,4% face aos primeiros três meses do ano e tempo de venda reduz 25% em 2023, o que significa que três em cada quatro imóveis são vendidos em menos de três meses.

As vendas acompanham a tendência de recuperação no 2º trimestre do ano. Registou-se uma subida de +3,5% em número de imóveis vendidos (2680 no 1T para 2774 no 2T) e +5,4% no volume dos negócios transacionados (390.760.195,00€ no 1T para 411.944.869,00€ no 2T). Apesar desta evolução positiva, ambos os indicadores ainda ficam aquém quando comparados com o período homólogo, com decréscimos de -12,2% em termos de casas vendidas e -14% em relação aos negócios transacionados.

Já o valor do ticket médio dos imóveis vendidos continua a aumentar, apesar de estar a desacelerar. No 2º trimestre, o crescimento verificado foi de +2,8% (167.379,33€ no 1T para 172.070,33€ no 2T) em relação aos primeiros três meses do ano e +0,1% na comparação com o mesmo período de 2022. Por outro lado, o valor deste 1º semestre fica -1,9% aquém do último de 2022 e +1,2 acima do período homólogo.

No entanto, se analisarmos os imóveis em stock, que ajudam a prever tendências futuras, não se verifica qualquer sinal de inversão da dinâmica de mercado. Com mais de 51 mil imóveis em carteira, os dados da rede ERA indicam que a oferta continua a reduzir (-4,6% face ao período homólogo) e, consequentemente, os preços a aumentar (+11,1% nos valores de mercado dos imóveis em carteira).

Por outro lado, o tempo médio de venda está a reduzir (-25% face ao período homólogo). Aliás, em 2023, três em cada quatro imóveis são vendidos em menos de três meses após serem colocados à venda.

Apesar de o 1º semestre de 2023 estar abaixo dos valores de 2022, a análise mensal indica uma clara e rápida tendência de recuperação do mercado com um crescimento significativo em maio (+5%) e em junho (+9%) face ao mês anterior. Aliás, desde o início do ano, só em abril se registou um decréscimo em relação ao mês anterior.

Numa análise trimestral, a faturação de 21.741.986 euros no 2º trimestre registou um crescimento de +9% face ao trimestre anterior (19.999.868,00 euros). O mês de Junho, com um registo de 7.804.287,00 euros teve mesmo um valor muito semelhante ao do período homólogo (apenas -2%).


Rui Torgal, CEO da ERA Portugal, mostra-se bastante optimista: “Com base nos nossos dados, e não só, são evidentes os sinais de estabilização do mercado e até de recuperação. Apesar de uma conjuntura económica desafiante, sentimos a confiança a regressar a níveis de um passado recente”.

Se no 1º trimestre do ano se verificou um aumento no número de imóveis angariados, que poderia indicar um aumento da oferta disponível, no 2º trimestre esse número voltou a descer (-13%) face ao período anterior, apesar de se manter +11% acima na comparação com o 2º trimestre de 2022.

O número de novos contactos e clientes em base de dados continua a subir face aos períodos anteriores, apresentando um crescimento superior a nível de clientes vendedores (+10%) do que a nível de clientes compradores (+6%) face ao 1º trimestre do ano.

O perfil principal a nível de cliente ERA continua a ser maioritariamente português. Por outro lado, as nacionalidades estrangeiras que mais compram casa com a ERA mantêm-se na grande maioria inalteradas: Brasil, Reino Unido, França, Angola, Estados Unidos, Alemanha e Países Baixos (por esta ordem). As novidades de 2023 prendem-se com o crescimento nas nacionalidades italiana e chinesa, tendência não identificada no TOP10 desde 2020, e a subida dos EUA ao TOP5.

“Os indicadores preditivos dão-nos uma perspetiva muito positiva para os próximos meses. A nossa estratégia de expansão, em curso desde o início do ano e já com mais de uma dezena de aberturas de novas lojas nestes primeiros seis meses, deixa-nos ainda mais confiantes para o que resta de 2023”, conclui Rui Torgal.