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Tapada das Nacessidades vai ser reabilitada num investimento de 19 milhões de euros

18 de março de 2024

Com uma extensão de 10 hectares e um vasto e diversificado arvoredo classificado de interesse público desde 1983 - com exemplares que se destacam pela monumentalidade e raridade -, a Tapada das Necessidades é das raras manchas verdes muradas com extensão no interior de Lisboa.

Contígua ao palácio com o mesmo nome, que chegou a ser residência de monarcas como D. Maria II, D. Pedro V, D. Carlos e D. Manuel II e hoje é sede do Ministério dos Negócios Estrangeiros, a Tapada das Necessidades é um oásis de tranquilidade no meio da azáfama de Lisboa.



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Durante anos o seu cuidado e manutenção foi sendo deixado ao desleixo, tal como é infelizmente habitual no país. Valham-nos «as grandes obras de reabilitação» quando a situação começa a ser escandolosa. Parece ser o caso, agora, da Tapada das Necessidades, que segundo o jornal Público, “vai ser sujeita a uma grande intervenção de requalificação, nos próximos três anos, visando travar a sua continuada degradação e assim retornar aquele icónico espaço verde ao pleno usufruto da população, mas também atrair os muitos turistas que visitam a cidade”.

A obra, segundo o periódico, “orçada em mais de 19 milhões de euros, será financiada com recurso às verbas do Fundo de Desenvolvimento Turístico de Lisboa, resultantes da taxa turística, deverá começar a breve prazo”, prevendo-se que esteja concluída em 2027.

Ao lado do Palácio das Necessidades, o parque é um dos melhores de Lisboa para passear, ler um livro ou fazer um piquenique. As lagoas ladeadas por plantas exóticas, o jardim inglês e as diversas peças de estatuária conferem ao parque um ar descontraído, apreciado por inúmeros reis e rainhas mas também pela população que o conhece e visita.

Recorde-se que a taxa turística é paga por todos os que nos visitam com mais de 13 anos e que se hospedam em acomodações turísticas na cidade. O seu valor actualmente é de dois euros. No ano de 2023 a sua arrecadação gerou uma receita de 40 milhões de euros e ao longo da sua existência financiou obras importantes para a cidade, a mais importante das quais o Museu do Tesouro Real, no Palácio da Ajuda.


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