CONSTRUÍMOS
NOTÍCIA
Actualidade

WellBe - Parque das Nações, em Lisboa

Projecto WellBe no Parque das Nações vai receber a nova sede da Caixa Geral de Depósitos

9 de fevereiro de 2024

A Tage Une Fois - Investimentos Imobiliários, sociedade participada pela Atenor e pela Besix Real Estate Development, anuncia a venda do projecto de escritórios WellBe à Caixa Geral de Depósitos - CGD.

Localizado na Avenida D. João II, no Parque das Nações, com 27.635 m2 de área bruta de escritórios, 1.240 m2 de área comercial e 400 lugares de estacionamento, o WellBe será a nova sede da CGD.

Projectado pela Saraiva Associados e A2M, o WellBe respeita os padrões NZEB (Net Zero Energy Building). Com o objectivo de obter o WELL Platinum, o projecto abraçará a excelência com o alinhamento da Taxonomia da UE, incluindo as certificações BREEAM Excellent, ADENE A e WiredScore Gold.

A propósito desta transação e da escolha da WellBe como nova sede para os seus 2.500 colaboradores dos Serviços Centrais, a CGD explica: O nosso processo de decisão, que envolveu a valiosa contribuição dos nossos colaboradores, enfatizou a importância de seleccionar uma localização com excelentes transportes públicos. Na CGD, estamos empenhados em proporcionar um espaço de trabalho inclusivo e sustentável, evidente na nossa escolha de um edifício com uma classificação energética A, certificações BREEAM e WELL, e características de acessibilidade para pessoas com mobilidade reduzida. Aguardamos com expectativa a conclusão desta mudança em 2026 e o impacto positivo que terá na nossa equipa e operações."



Estamos muito satisfeitos com a nossa colaboração estratégica com a Atenor e com o sucesso do interesse de uma instituição de renome como a CGD, refletindo a nossa visão comum de espaços de trabalho inovadores, de sustentabilidade e bem-estar", refere Gabriel Uzgen, CEO da Besix Red.

Stéphan Sonneville, CEO da Atenor, acrescenta: Esta transação demonstra a evolução fundamental do mercado de escritórios na Europa, onde empresas líderes como a Caixa Geral de Depósitos expressam as suas necessidades de espaços de escritórios de elevada qualidade que apoiem ativamente o bem-estar dos seus colaboradores e contribuam para um ambiente sustentável. Este projeto demonstra o compromisso da Atenor com o desenvolvimento imobiliário sustentável".

A venda foi realizada em condições de mercado, constituindo um acréscimo positivo nas contas da Atenor de 2024 a 2026, em linha com o modelo de negócio previamente estabelecido.


Antiga sede da CGD vai acolher vários ministérios

A CGD e o Governo já tinham acordado que o banco sairia do seu actual edifício-sede, no Campo Pequeno (Av. João XXI, em Lisboa) para o Governo aí concentrar aí vários ministérios. Contudo, a CGD ainda manterá aí serviços até 2026.

O edifício vai passar este ano para o Estado em forma de dividendos, tendo sido avaliado em 361 milhões de euros.

Em Janeiro, a ministra da Presidência admitiu que ainda este ano um primeiro conjunto de membros do executivo poderá mudar-se para o futuro edifício central do Governo, na actual sede da Caixa Geral de Depósitos (CGD) em Lisboa.

“As obras estão em curso, o visto do Tribunal de Contas chegou no final de 2023. Estamos a preparar-nos para podermos fazer o primeiro conjunto de ministros que muda para o novo edifício, mas isso não é previsível para o primeiro trimestre de 2024”, respondeu Mariana Vieira da Silva aos jornalistas, afastando a possibilidade de alguma mudança acontecer antes das eleições legislativas de 10 de Março ou mesmo no período imediatamente posterior a esse acto eleitoral.


Actual sede da CGD vai acolher o Governo e vários ministérios - Foto Wikimedia


Em Março do ano passado, o Governo estimou em 40 milhões de euros o investimento a realizar até ao final da legislatura no processo de concentração de serviços do Estado no actual edifício sede da CGD.

“Nem todos os pisos do edifício da CGD terão a mesma necessidade de obras. Ao longo da legislatura, o investimento global estimado será de 40 milhões de euros”, adiantou nessa altura o secretário de Estado da Presidência, André Moz Caldas.

A ministra da Presidência disse ainda em Janeiro que, “ao longo deste processo, prevê-se que o Estado possa libertar um conjunto significativo de edifícios, com ganhos de 600 milhões de euros, tendo em conta o preço do metro quadrado”.

Neste conjunto de edifícios, estão excluídos os do Terreiro do Paço por terem características próprias e específicas.

Na avaliação de 600 milhões de euros de receitas feita pelo Governo, estão incluídos os edifícios da Secretaria Geral da Presidência do Conselho de Ministros, o Ministério da Economia e do Mar, os do Ministério da Educação nas avenidas Infante Santo e 24 de Julho, mas também edifícios arrendados a privados, caso do Ministério da Saúde.

A CGD deve apresentar os resultados de 2023 nas próximas semanas. Entre Janeiro e Setembro teve lucros de 987 milhões de euros (mais 43% face ao mesmo período de 2022).