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Funchal - Foto Turismo da Madeira

Preço médio de venda de imóveis na Madeira sobe +9% e atinge os 200 mil euros em 2023

27 de fevereiro de 2024

O Top 4 das nacionalidades dos clientes que mais compraram na Madeira em 2023 era composto por portuguesa, alemã, britânica e belga. Em 2022 o ranking era composto por portuguesa, britânica, alemã e norte-americana.

Estes dados são relativos à operação da rede imobiliária ERA Portugal na Região Autónoma da Madeira durante o ano de 2023. Os números evidenciam uma tendência generalizada de subida do preço médio de venda face a 2022, numa proporção que está bem acima da média nacional.

Com base na operação da rede no Arquipélago, o preço médio de venda dos imóveis na região rondou os 200 mil euros. Este valor representa um aumento de aproximadamente +9% em relação aos 183 mil euros registados no ano anterior.

Tanto os apartamentos (+29%) como a moradias (+5%) registam um aumento no preço médio em 2023 quando comparado ao ano anterior. No entanto, os apartamentos acabam por se destacar ao passarem de aproximadamente 170 mil euros para 219 mil euros em média.

Em sentido contrário, os terrenos passaram de um valor médio de 112 mil euros em 2022 para 83 mil euros em 2023 (-26%).

Apartamentos T0 e T2 registam maior crescimento do preço

Neste indicador, é importante referir que os preços de todas as tipologias, desde T0 a T4, aumentaram de 2022 para 2023. No entanto, são os apartamentos T2 (+20%), T0 (+25%) e T1 (+23%) que registam maior subida de preços. Na ponta oposta encontram-se os apartamentos T4 cuja subida foi apenas de 1%.

Funchal, Ponta do Sol e Santa Cruz com crescimento exponencial do preço de venda

Em relação aos concelhos do Arquipélago, importa referir que Funchal (+24%), Ponta do Sol (+56%) e Santa Cruz (+15%) evidenciam crescimento dos preços. Os restantes, em sentido inverso, revelam quebras neste indicador, destacando-se Calheta (-52%), Santana (-52%) e Câmara de Lobos (-32%).

Imóveis vendem-se cada vez mais rápido

O tempo médio de venda dos imóveis reduziu cerca de -9% no espaço de um ano, passando de 280 dias em 2022, entre angariação e escritura, para 255 dias em 2023.

Para Rui Torgal, CEO da ERA Portugal, a explicação para esta tendência é simples: “O mercado imobiliário da Madeira enfrenta o mesmo problema estrutural que o do continente: oferta demasiado limitada para tanta procura. Nesta região o problema adensa-se porque, como sabemos, é muito procurada por estrangeiros com elevado poder de investimento que apreciam a qualidade de vida, clima e segurança que se vive na região”.

Já para Nélia Neves, franquiada da ERA Funchal Sé, existem quatro motivos que justificam este fenómeno: “Forte procura do mercado estrangeiro e pouca oferta. Mesmo com o mercado residente a perder poder de compra devido à subida das taxas de juro, a procura estrangeira colmatou em grande parte essa diferença; muitos estrangeiros a estabelecerem-se definitivamente na Madeira (lazer, reforma ou trabalho remoto); estrangeiros que compram imóveis para rentabilizar / arrendar; e, por fim, a subida de preços tem também origem na grande quantidade de investidores na Madeira, que dispõem de muito capital para investir e revender”.