Mural de alunos dá vida às histórias e memórias do bairro Vila Rio
No coração do bairro Vila Rio, em Póvoa de Santa Iria, concelho de Vila Franca de Xira, às portas de Lisboa, um novo mural celebra a identidade e as raízes da comunidade local. A obra foi criada por alunos do Agrupamento de Escolas da Póvoa de Santa Iria, no âmbito do projecto “Vila Rio”, e resulta de um trabalho artístico e pedagógico que envolveu estudantes do 1.º ciclo ao ensino secundário.
Integrado no tema “Gente da nossa terra, terra da nossa gente”, o projecto desafiou os jovens a interpretar, através da arte urbana, memórias, tradições e rostos que marcam a vida da cidade. Mais do que uma intervenção artística, o mural reflecte a ligação entre escola, território e comunidade, promovendo o sentido de pertença e a valorização do património local.
A iniciativa contou com o apoio da União de Freguesias da Póvoa de Santa Iria e Forte da Casa e da Associação Cultural de Avieiros da Póvoa de Santa Iria, reforçando a importância da colaboração entre entidades para a construção de bairros vivos e autênticos. Para a organização do projecto Vila Rio, esta acção simboliza um compromisso real com a cultura e a vida comunitária.
Memórias da região, marcada pela faina dos Avieiros, que Alves Redol imortalizou no seu romance de 1942..
Vila Rio: nova centralidade urbana
Promovido pela Teixeira Duarte, Vila Rio é um projecto de 17 hectares que está a criar uma nova centralidade na frente ribeirinha de Lisboa. O bairro integra habitação, comércio, serviços, lazer e cultura, com ligação directa aos passadiços do Tejo, um Clube Náutico, espaços culturais e oferta de restauração. Os primeiros quatro edifícios já estão em construção, num conceito que privilegia a qualidade do espaço público e a proximidade à natureza.
A região está indissociavelmente ligada à memória da comunidade de avieiros, pescadores que subiam o Tejo para viver em casas-palafita e pescar nas águas do rio, formando uma cultura própria com tradições muito singulares, e que o escritor retratou no seu livro editado em 1942, Avieiros.
