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Municípios da Área Metropolitana de Lisboa entregaram casas a mais de 5.000 famílias

Foto de Miguel Cacilhas em Unsplash

Municípios da Área Metropolitana de Lisboa entregaram casas a mais de 5.000 famílias

15 de julho de 2025

Mais de cinco mil famílias da região de Lisboa receberam, até ao início de julho, casas no âmbito de candidaturas ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), informou hoje a Área Metropolitana de Lisboa (AML).

Segundo a AML, no início do mês “já tinham sido entregues casas a mais de 5.000 famílias, superando 20% do número total de candidaturas” efectuadas pelos 18 municípios da Área Metropolitana ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

Num comunicado divulgado hoje, a AML informou que, no início de Julho, o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) “tinha aprovado 16.000 (65%) das cerca de 25.000 habitações” candidatadas pelos municípios.

No mesmo texto, a AML explicou que dos 25.000 fogos candidatados, 75%, foram alvo de “acções de reabilitação, ao passo que 20% das habitações representam construções novas”.

No balanço agora divulgado, a AML deu nota de que o custo médio dos investimentos nestas habitações é de 153.000 euros para aquisições, 37.000 euros nos casos de reabilitação, 171.000 euros em construção nova e 178.000 euros em aquisições seguidas de reabilitação.

Estes investimentos integram-se no plano de acção para a habitação desenvolvido pela AML após ter elaborado o “Diagnóstico das Condições Habitacionais Indignas”, como resposta à oportunidade lançada, neste âmbito, pelo PRR.



A proliferação de aglomerados de barracas

Os dados foram divulgados quando em pelo menos dois municípios da AML (Loures e Amadora) decorrem operações de demolição contestadas pelo Movimento Vida Justa.

Em Loures, as operações decorrem no Talude Militar, onde já houve demolições no final de Junho. A autarquia afixou na sexta-feira, 11 de Julho, editais no bairro anunciando novas demolições e deu aos moradores de mais de 60 habitações 48 horas para as desocupações.

Também na Amadora, foram afixados editais com vista à demolição de 16 habitações na Estrada Militar (Mina de Água). Também aí foram dados às famílias dois dias para sair.

A AML é a maior área urbana do país e abrange os municípios de Alcochete, Almada, Amadora, Barreiro, Cascais, Lisboa, Loures, Mafra, Moita, Montijo, Odivelas, Oeiras, Palmela, Seixal, Sesimbra, Setúbal, Sintra, Vila Franca de Xira.

Lusa/DI

Nota de Opinião: A proliferação de um fenómeno que há anos se julgava erradicado - os bairros de barracas - na cintura de grandes cidades, em particular Lisboa, traduz aquilo que é o maior problema actual da sociedade portuguesa: a falta de habitação. Porém, despejos sem garantias de realojamento digno e com avisos de apenas 48 horas são inaceitáveis num Estado de direito. Não se trata apenas de resolver um problema urbanístico ou legal, mas de garantir que ninguém é deixado para trás num momento em que o país se comprometeu a corrigir injustiças habitacionais históricas.