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Indústria do Golfe gera impacto económico de 760 milhões de euros em Portugal

13 de novembro de 2025

A Indústria do Golfe em Portugal representa uma força económica consolidada, com um impacto total estimado em 760 milhões de euros entre 2014 e 2024. Esta é uma das principais conclusões do estudo “Avaliação do Impacto da Indústria do Golfe em Portugal por via do Turismo Residencial e do Mercado Imobiliário”, que foi apresentado no segundo dia da Golf Business Conference que está a decorreu na Madeira, e reuniu cerca de 150 dos profissionais mais influentes do golfe a nível mundial debater o futuro do sector.

O estudo realizado a pedido do Conselho Nacional da Indústria do Golfe (CNIG) foi desenvolvido pela NOVA School of Business and Economics (NOVA SBE) e coordenado por João B. Duarte e Pedro Brinca. Este, traz à luz do dia vários resultados sobre o impacto do sector de golfe na economia, nomeadamente, que o sector do golfe em Portugal vai muito além da prática desportiva, abrangendo uma ampla cadeia de valor que inclui o sector da construção, imobiliário e serviços imobiliários, exploração turística e turismo residencial.

A análise conclui que o golfe constitui um motor de desenvolvimento económico e territorial, com impactos relevantes no emprego, na receita fiscal e na valorização do imobiliário turístico.

Entre as principais conclusões destacam-se os seguintes números: Produção total: 760,5 milhões de euros; Valor Acrescentado Bruto (VAB): 407,9 milhões de euros; Receita Fiscal (IVA e IRS): 70,2 milhões de euros; Remunerações: 143,5 milhões de euros.

Golfe cria anualmente 810 postos de trabalho

No que toca à criação de emprego, segundo este estudo, o impacto directo e indirecto é muito elevado, com a criação de uma média anual de 810 postos de trabalho, a tempo inteiro.

A componente da construção responde pela maior fatia do impacto, representando 679 milhões de euros em produção e 344 milhões de euros em VAB. Já as atividades de venda e revenda imobiliária associadas ao golfe totalizam 81 milhões de euros, reflectindo a crescente procura de empreendimentos turísticos com campo de golfe ou localizados nas suas imediações.

Peso crescente no turismo residencial e imobiliário nacional

A “avaliação do Impacto da Indústria do Golfe em Portugal por via do Turismo Residencial e do Mercado Imobiliário”, revela ainda que o golfe representa 12% da construção total do setor do turismo residencial e resorts, 12% da mediação imobiliária de venda e 24% da mediação de revenda.

Adicionalmente, os imóveis localizados dentro ou ao redor dos campos de golfe valorizam 20%. Os maiores prémios concentram-se em imóveis adjacentes ou com vista directa para os campos, enquanto o efeito de distância linear tende a dissipar-se.


Estes números evidenciam o papel central do golfe no posicionamento de Portugal como destino de investimento turístico e residencial de alta qualidade.

De acordo com o relatório, o “prémio imobiliário” associado à proximidade de campos de golfe é significativo — com imóveis adjacentes a campos a registarem um valor médio 19% superior em comparação com propriedades fora desses empreendimentos, segundo dados da European Tour Destinations.

João B. Duarte, coordenador do estudo na NOVA SBE, que afirma que os resultados deste estado “confirmam que o golfe é um sector estratégico para o país, com efeitos estruturais que ultrapassam o turismo e se estendem à construção e ao investimento residencial. É um activo económico com forte capacidade de criação de valor e emprego”.

Por seu turno, Nuno Sepúlveda, presidente do CNIG, sublinha que “estes dados vêm confirmar, com base científica, a relevância económica e social da indústria do golfe em Portugal. O setor é hoje um pilar do turismo de qualidade e um fator de competitividade internacional do país, que deve ser valorizado.”

Com estudos como este, Nuno Sepúlveda e os restantes membros do Conselho Nacional da Indústria do Golfe (CNIG) reforçam a importância de estreitar relações entre o sector e as entidades nacionais, uma vez que o golfe se afirma como uma das áreas de negócios cruciais para dinamizar a economia portuguesa.

Temas como a redução do IVA, as linhas de apoio ao sector, a gestão eficiente dos recursos hídricos e outras iniciativas estratégicas são algumas das frentes em que o CNIG continua a trabalhar, sempre com o objectivo de promover a coesão territorial e valorizar a prática de golfe em Portugal.