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Arrendamento

 

Valor das rendas desce em Lisboa e Porto no primeiro trimestre face ao anterior

29 de junho de 2021

No 1º trimestre a renda mediana dos 19 472 de novos contratos de arrendamento em Portugal atingiu 5,80 euros/m2, mais +5,5% face ao trimestre anterior. No entanto, em Lisboa e Porto desceu 9,2% e 6,7%, respectivamente.

De acordo com as Estatísticas de Rendas da Habitação ao nível local (dados provisórios) divulgadas hoje pelo INE - Instituto Nacional de Estatística, o valor de 5,80 euros/m2 representa uma variação homóloga de +5,5% no país, superior à observada no trimestre anterior (+3,8%). Houve, no entanto, uma redução do número de novos contratos de arrendamento no país face ao 1º trimestre de 2020 (-6,5%).

A variação homóloga das rendas não foi uniforme, em 10 dos 24 municípios com mais de 100 mil habitantes as rendas tiveram uma evolução negativa. Nas áreas metropolitanas destacavam-se com valores de novos contratos de arrendamento mais elevados e simultaneamente com diminuição homóloga das rendas medianas, os municípios de Lisboa (-9,2%), Porto (-6,7%), Oeiras (-6,2%), Odivelas (-3,1%) e Almada (-1,1%).

No 1º trimestre de 2021, as sub-regiões NUTS III Região Autónoma dos Açores (+6,5%), Ave (+2,3%) e Cávado (+1,2%) foram as únicas em que aumentou o número de novos contratos de arrendamento face ao período homólogo. Nas restantes sub-regiões, o número de novos contratos diminuiu, destacando-se o Alto Alentejo (-27,6%), Baixo Alentejo (-20,0%).

Face ao período homólogo, no 1º trimestre de 2021 a renda mediana aumentou em 17 das 25 sub-regiões NUTS III, salientando-se Terras de Trás-os-Montes (+27,1%), Alto Minho (+11,2%) e Viseu Dão Lafões (+9,4%) que registaram os maiores crescimentos homólogos. Nas sete NUTS III do país que registaram diminuição da renda mediana por m2 , as reduções oscilaram entre 9,0% (Baixo Alentejo) e 0,2% (Região Autónoma da Madeira).

do conjunto das sub-regiões com valores medianos de rendas superiores ao nacional – Área Metropolitana de Lisboa (8,52 €/m2 ), Algarve (6,67 €/m2 ), Área Metropolitana do Porto (6,15 €/m2 ) e Região Autónoma da Madeira (5,9 €/m2 ) – a Região Autónoma da Madeira (-0,2%) e o Algarve (-0,9%) registaram uma diminuição dos valores de arrendamento face ao período homólogo e as áreas metropolitanas de Lisboa e Porto registaram uma variação homóloga positiva mas inferior à observada para o conjunto do país.

Entre os 24 municípios com mais de 100 mil habitantes, apenas em quatro se registaram variações homólogas positivas da renda mediana e superiores à variação nacional: Gondomar (+12,0%), Guimarães (+9,8%), Loures (+7,6%) e Santa Maria da Feira (+8,3%), neste último caso num contexto em que se reduziram substancialmente o número de novos arrendamentos. Verificou-se um aumento do número de novos contratos de arrendamento, face ao período homólogo em Barcelos (+13,4%), Vila Nova de Famalicão (+8,3%), Almada (+4,5%), Porto (+3,4%), Lisboa (+3,1%) e Braga (+2,0%). Deste conjunto, são de destacar os seguintes municípios das áreas metropolitanas que apresentaram uma diminuição da renda mediana: Lisboa (-9,2%), Porto (-6,7%), e Almada (-1,1%). Fora destas áreas é ainda de salientar Braga que registou uma diminuição homóloga das rendas (-3,6%).

Nos 24 municípios com mais de 100 mil habitantes, tal como no trimestre anterior, todos os municípios das áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, com exceção, nesta última, de Santa Maria da Feira e Gondomar, registaram rendas medianas com níveis superiores à nacional, mas variações homólogas diferenciadas. Assim, destacaram-se com valores de novos contratos de arrendamento mais elevados e com diminuição nos valores de rendas, os municípios de Lisboa (10,99 €/m2 e -9,2%), Porto (8,30 €/m2 e -6,7%), Oeiras (9,62 €/m2 e -6,2%), Odivelas (8,07 €/m2 e -3,1%) e Almada (8,29 €/m2 e -1,1%). Em sentido inverso, com aumento dos valores de rendas, refira-se Cascais (10,49 €/m2 e +0,7%). A Amadora registou uma taxa nula.