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Arrendamento

 

Mercado de arrendamento é atractivo e opção para 73% dos promotores imobiliários

16 de fevereiro de 2021

O build-to-rent, ou a habitação construída de raiz para arrendamento, interessa cada vez mais aos promotores imobiliários.  

De acordo com o mais recente inquérito Portuguese Investment Property Survey,  realizado ao sector pela Confidencial Imobiliário, em associação com a APPII-Associação Portuguesa dos Promotores e Investidores Imobiliários, 73% considera que actualmente esse tipo de projeto é uma possibilidade de investimento atractiva ou mesmo muito atractiva.

O maior interesse por esta tipologia de investimento acontece no quadro da crescente aposta em desenvolver habitação mais orientada para a classe média portuguesa, conforme sugere o novo padrão de produto que emerge neste último inquérito. Assim, entre as intenções de investimento, ganham força os projectos apenas dirigidos ao público português (42% vs 12% apenas para estrangeiros), os projectos de construção nova (78% do total) e as localizações da periferia de Lisboa (agregam agora 34% das intenções de investimento).

“O build-to-rent é um mercado com grande potencial de expansão no futuro e uma excelente opção para dar resposta à falta de oferta para a classe média. Os promotores têm isso presente e é de facto uma das tendências na Europa, pese embora em Portugal, caso raro, se trate de um mercado entrincheirado pelo elevado nível de custos de produção e uma instabilidade legislativa sem igual. Ser regido por uma lei que na última década foi alterada mais que dez vezes, isto é mais que uma vez por ano, inviabiliza o arranque da maioria dos projetos analisados. Por isso mesmo, talvez não surpreenda que os obstáculos à actividade mais pressentidos pelos promotores imobiliários estejam todos relacionados com a incerteza, a imprevisibilidade da legislação e os custos da operação e de produção, os já mal afamados custos de contexto”, revela Hugo Santos Ferreira, Vice-Presidente da APPII, que acrescenta que “apesar de ver entrar no País muitas intenções de investimento no mercado de arrendamento longa duração, não conheço ainda nenhum operador de grande monta que tenha conseguido ultrapassar todos estes constrangimentos legais e de contexto”.