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Expansão do Museu Nacional de Arte Antiga vai (finalmente) ser uma realidade

Museu Nacional da Arte Antiga - Imagem Google StreetView

Expansão do Museu Nacional de Arte Antiga vai (finalmente) ser uma realidade

Tentações de Santo Antão, de Jheronymus Bosch

Expansão do Museu Nacional de Arte Antiga vai (finalmente) ser uma realidade

O Inferno - autor português desconhecido

Expansão do Museu Nacional de Arte Antiga vai (finalmente) ser uma realidade

Martírio de São Sebastião, autor: Gregório Lopes

Expansão do Museu Nacional de Arte Antiga vai (finalmente) ser uma realidade

14 de fevereiro de 2025

António Leitão Amaro lembrou, em contacto com a imprensa,  que o MNAA “não tinha obras sérias desde 1940”, e que “só consegue, dada a limitação de espaço, expor 5% da sua colecção de cerca de 50 mil peças”.

Para a expansão do museu é preciso adquirir três imóveis, situados também na zona das Janelas Verdes, “coisa que é viabilizada com esta aprovação”, afirmou. 

Em Janeiro de 2024 foi aprovada em Conselho de Ministros uma despesa de 10 milhões de euros para a aquisição de três edifícios para o projecto de ampliação do museu. O anúncio foi feito pelo então primeiro-ministro, António Costa, e o ministro da Cultura da altura, Pedro Adão e Silva. Segundo se soube hoje, o montante disponibilizado pelo actual governo é de 10,2 milhões de euros e destina-se à compra de dois imóveis e um terreno para expansão do Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA), em Lisboa.

Na quinta-feira, o Governo aprovou, em Conselho de Ministros, verbas para o projeto aguardado há mais de 60 anos pelos sucessivos dirigentes do museu da capital que alberga a mais importante coleção de arte antiga do país.


Adoração dos Magos - Domingos Sequeira


Virgem com menino- de Hans Memling


O actual director do MNAA, Joaquim Caetano, disse à Lusa, meio ano mais tarde, em Junho de 2024, que os três edifícios anunciados em Janeiro já tinham sido adquiridos pela empresa de capitais públicos Estamo – Participações Imobiliárias.


 "Dada a limitação de espaço, o museu só consegue expor 5% da sua colecção de cerca de 50 mil peças...

“É uma necessidade sentida e expressa há mais de 60 anos pelos sucessivos directores do museu”, recordou na altura o responsável.

Para o prosseguimento do projecto “tem de haver um plano prévio do museu, um plano de arquitectura e um concurso para as obras, que terão de ser internacionais porque será uma obra grande”, referiu Joaquim Caetano.

“Nós já temos um estudo de volumetria e de ocupação global dos espaços, mas só com os projectistas é que se trabalhará no acerto concreto da museografia”, acrescentou.

A necessidade deste projecto está definida há mais de 60 anos, quando já o historiador de arte e especialista em pintura portuguesa João Couto, diretor do MNAA de 1937 a 1962, dizia que o museu precisava de se expandir para expor as colecções.

A concretização do projecto deverá permitir a expansão da área expositiva e das reservas do museu que alberga tesouros como os Painéis de São Vicente, de Nuno Gonçalves, obra-prima da pintura europeia do século XV, e a Custódia de Belém, de Gil Vicente, mandada lavrar por Manuel I e datada de 1506.

Os Biombos Namban, do final do século XVI, registando a presença de portugueses no Japão, e o tríptico "As Tentações de Santo Antão", de Hieronymus Bosch, são outras peças relevantes do acervo do MNAA.

Criado em 1884, o MNAA detém a mais relevante colecção pública do país em pintura, escultura, artes decorativas – portuguesas, europeias e da Expansão –, desde a Idade Média até ao século XIX, incluindo o maior número de obras classificadas como “tesouros nacionais”, assim como a maior colecção de mobiliário português.

Lusa/DI


Painéis de S. Vicente - autor: Nuno Gonçalves