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Escassez de imóveis faz disparar preços das casas em Portugal

3 de abril de 2024

Estão em falta cerca de 300 mil imóveis e o ritmo de construção não está a acompanhar a procura, o que resulta na subida significativa dos preços, refere o Real Estate Report 2024 da Berkshire Hathaway HomeServices.

Segundo a rede imobiliária, esta situação, associada à actual instabilidade política e económica vivida no país, contribuiu para uma diminuição significativa das vendas de imóveis em 2023.

O relatório da Berkshire Hathaway HomeServices, refere uma diminuição de 25% nas vendas em 2023, embora se considere que o mercado imobiliário português permanece resiliente e com boas perspectivas. Uma das razões apontadas para esse optimismo é o crescente interesse dos estrangeiros, incluindo nómadas digitais, que tem impulsionado o mercado imobiliário português. Actualmente, há mais de 700 mil estrangeiros a viver em Portugal e que valorizam factores como o clima, baixa criminalidade e a beleza da costa portuguesa.

O relatório destaca ainda que os compradores em Portugal procuram residências modernas e energeticamente eficientes, preferencialmente localizadas em regiões privilegiadas como Lisboa e Cascais. Em 2023, 40% dos compradores vieram dos EUA, particularmente de Nova Iorque e da Califórnia, seguindo-se os compradores de França e do Reino Unido. Muitos desses compradores pretendem arrendar as suas casas e por isso procuram propriedades em ótimo estado. Cerca de 80% procuram casas unifamiliares, principalmente moradias.

Em 2023, “os preços aumentaram mais de 10% em comparação com 2022, impulsionando o preço médio por metro quadrado para 4.800 euros, com picos de até 10.000 euros em algumas áreas”, destaca César Santos, proprietário e CEO da Berkshire Hathaway HomeServices Atlantic Portugal.

Apesar das incertezas a nível global, Michael Vincent, CEO e Presidente da Berkshire Hathaway HomeServices Portugal Property, olha para o mercado português com confiança: “Portugal continua a ser um destino de referência. Estamos bem posicionados para enfrentar os desafios e capitalizar as oportunidades em 2024. Os estrangeiros querem viver a sua reforma em Portugal”, afirma.