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Principais operadores e marcas globais hoteleiras querem investir em Portugal

13 de janeiro de 2022

Eduardo Abreu, da Neoturis, revela que continua o crescente interesse por parte dos principais operadores e marcas globais em reforçar ou iniciar a sua presença em Portugal, desde a hotelaria mais económica até à hotelaria de luxo.

Quanto ao Turismo Residencial, avança que os principais projectos em comercialização registaram velocidades de vendas interessantes, quer no Algarve quer na zona de Lisboa e no eixo Tróia-Melides e que além do mercado nacional, têm vindo a ser reforçados novos mercados de origem de compradores, para além dos mais tradicionais UK & Ireland.

Como o mercado imobiliário enfrentou 2021 e a pandemia que afectou o mundo e o imobiliário português, nomeadamente o turismo?

No contexto de uma pandemia global, 2021 foi um ano que consideramos positivo para o mercado imobiliário associado ao turismo em Portugal.

No que se refere ao Turismo Residencial, os principais projectos em comercialização registaram velocidades de vendas interessantes; quer no Algarve quer na zona de Lisboa e no eixo Tróia-Melides. Ou seja, face ao expectável em período pré-pandemia os objectivos de vendas terão sido atingidos e até ultrapassados em alguns casos. A uma boa resposta do mercado nacional, têm vindo a ser reforçados novos mercados de origem de compradores, para além dos mais tradicionais UK & Ireland.

No que se refere à hotelaria as transacções anunciadas (algumas delas com tickets elevados) e o interesse de vários investidores em processos de venda iniciados ao longo de 2021 demonstram também o forte interesse do mercado no investimento hoteleiro em Portugal.

Ainda ao nível da hotelaria importa salientar a continuação do crescente interesse por parte dos principais operadores / marcas globais em reforçar ou iniciar a sua presença em Portugal; desde a hotelaria mais económica até à hotelaria de luxo.

Quais os pontos positivos e negativos deste ano para o sector?

Entre os positivos, naturalmente o crescente interesse – demonstrado em investimento – no imobiliário turístico e hoteleiro em Portugal. Demonstra a atractividade do mercado e o acreditar no desenvolvimento turístico de Portugal no médio e longo prazo.

Entre os negativos, não sendo exclusivos de 2021, a morosidade / complexidade dos processos de licenciamento e as intenções de alteração de regimes fiscais que não garantem a necessária estabilidade a investidores e compradores finais.

O que podia ter sido feito e não foi?

Para além da simplificação de processos de licenciamento, podia ter sido mantido o regime de Autorização de Residência para Actividade de Investimento e podia ter sido decidida a localização do novo Aeroporto de Lisboa de forma definitiva.

E para 2022 ? Perante uma nova vaga com uma nova variante do vírus, quais as principais preocupações e as possíveis consequências para o mercado imobiliário e o turismo?

Prevêr o que quer que seja com base em cenários de evolução da pandemia não é fácil. Se a evolução for no sentido esperado a nivel global, Portugal sai desta fase com a sua imagem e atractividade reforçadas.

Ao nível da hotelaria é natural que se assistam a movimentações no sentido da aquisição por parte de players de maior dimensão de unidades independentes ou mesmo movimentos de fusão de alguns grupos.

https://www.diarioimobiliario.pt/Actualidade/Resiliencia-e-a-palavra-que-define-o-mercado-imobiliario-portugues-em-2021