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Lisboa

Comprar casa foi mais caro em 2022: Preço de venda aumenta 9% face a 2021, 14,5% a 2020 e 21,8% a 2019

4 de janeiro de 2023

Casas estão 70 mil euros mais caras do que em 2019, com aumento progressivo desde então, revela o Barómetro anual do portal imobiiário Imovirtual.

O preço médio de venda anunciado em 2022 foi de 395.458 euros e tem vindo a aumentar nos últimos quatro anos. Este valor foi +21,8% acima de 2019 (324.559 euros), tornando-se 70 mil euros mais caras. Em relação a 2020 (345.412 euros), o valor aumentou +14,5% e em relação a 2021 (362.870 euros) aumentou +9%.

Lisboa (626.246 euros), Faro (550.399 euros) e Região Autónoma da Madeira (439.666 euros) mantiveram-se os distritos mais caros em 2022. Inversamente, Guarda (114.054 euros) e Portalegre (118.496 euros) permaneceram os locais mais baratos para comprar casa.

Comparativamente com 2021, a Madeira foi um dos distritos com maior aumento do preço em 2022 (+22,3%), subindo de 359.513 euros para 439.666 euros. Segue-se Setúbal (+21,1%), onde sobe de 299.655 euros para 362.846 euros. A única quebra de preços face a 2021 ocorreu em Bragança (-11,3%), baixando de 218.494 euros para 193.825 euros.

Face a 2020, a Madeira volta a ser o distrito com maior aumento do preço de venda em 2022 (+35,1%), que nesse ano tinha o valor de 325.382 euros. Os preços também aumentam de forma relevante em Setúbal (+27,9%), onde em 2020 o valor era de 283.641 euros, e em Évora (+27,7%), subindo de 204.690 euros para 261.335 euros. Neste período de análise, as quebras de preço ocorrem em Bragança (-10,8%) e Portalegre (-2,8%).

Em relação a 2019, o preço de venda aumentou sobretudo em Évora (+45,9%), onde se fixava anteriormente em 179.081 euros. Os preços também aumentaram significativamente na Madeira (+41,7%), onde se fixava em 310.244 euros e em Setúbal (41,5%), onde se fixava em 256.436 euros. Inversamente, face a 2019 as quebras de valor de venda mais significativas aconteceram também em Portalegre (-21,9%) e Bragança (-11,2%).

Quanto ao arrendamento analisando os últimos quatro anos, verifica-se que em 2022 o valor da renda média (1.269 euros) volta a aproximar-se do de 2019 (1.242 euros), aumentando apenas +2,2%. No entanto, devido à quebra da renda dos anos anteriores, há em 2022 um aumento de renda média de +17,5% face a 2020 (1.080 euros, ficando 189 euros mais cara) e de +24,8% face a 2021 (1.017 euros, ficando 252 euros mais cara).

Em 2022, os distritos mais caros para arrendar, com rendas acima de mil euros, foram Lisboa (1.655 euros), Porto (1.195 euros), Faro (1.163 euros), Madeira (1.105 euros) e Setúbal (1.032 euros). Pelo contrário, os mais baratos foram Portalegre (368 euros), Vila Real (495 euros) e Bragança (527 euros).

Comparando 2022 com 2021, é Évora que regista o maior aumento de renda (+55,5%), passando de 562n euros para 874 euros. Seguem-se Faro (+39,6%), onde sobe de 833 euros para 1.163 euros, Viseu (+37,1%), onde sobe de 473 euros para 649 euros, e Castelo Branco (+36%), onde sobe de 410 euros para 558 euros. A única quebra ocorre em Portalegre (-4,6%), o distrito mais barato.

Relativamente a 2020, a renda sobe sobretudo em Évora (+61%), onde na altura se fixava em 543 euros. Também a Guarda (+54,9), que sobe de 351 euros para 544 euros, e Faro (+40,7%) registam aumentos elevados. Não há quebras do valor de renda na comparação de 2022 com 2020, com o aumento mais baixo em Portalegre (+7,4%).

Face a 2019, a renda aumenta sobretudo na Guarda (+51,8), onde na altura era de 358 euros, e em Évora (+51,5%), onde era de 577 euros. Também Santarém (+42,6%) aumentou de 484 euros para 690 euros. Comparando estes dois anos, não há quebras do valor de renda, com os aumentos menos significativos a acontecer em Lisboa (+4,4%) e em Vila Real (+5,6%).

“Esta análise macro do mercado imobiliário, nos últimos quatro anos, acaba por mostrar que o mercado de arrendamento, que tem visto o preço a aumentar, apenas se reajustou de forma a voltar aos valores de 2019. Já o mercado de venda, apresenta aumentos significativos face aos últimos 3 anos. No entanto, quando comparado do ponto de vista mensal, observamos uma estagnação destes valores, sendo que as tendências atuais apontam para uma maior dinâmica no arrendamento. Com a conjuntura socio-económica atual, a estagnação do preço de venda e o aumento do preço do arrendamento, prevê-se ser esta a tendência dos próximos meses no imobiliário, algo que pode ser influenciado pela instabilidade das taxas de juro e maior cautela por parte dos compradores”, explica Diogo Lopes, Marketing Manager do Imovirtual.