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Comprar casa em Portugal custa quase 400.000 euros
O preço médio de venda a nível nacional subiu para 397.000 euros em Abril, um aumento de 2% face a Março e de cerca de 20% face ao mesmo mês do ano anterior (332.000 euros (€) em Abril de 2024), revela o Imovirtual.
De acordo com o último estudo do portal imobiliário, os preços de venda no Norte mantêm uma trajectória de crescimento estável. Porto subiu para 389.900€ (+3% mensal, +18% anual). Aveiro (339.675 euros), Viana do Castelo (285.000€) e Guarda (100.000€) também apresentaram crescimentos consistentes. Bragança foi o único distrito sem variação, mantendo os 110.000€, com uma quebra anual de -6,8%.
No Centro, Lisboa reforça a liderança nacional com um preço médio de 610.000€, mais 33% do que no ano anterior. Coimbra e Santarém também se destacam com crescimentos de 21% e 24%, respectivamente.
Leiria (295.000€) e Castelo Branco (85.000€) mantêm variações mais moderadas.
No Sul, o crescimento foi transversal: Évora subiu 4% no mês e 22% no ano, atingindo os 250.000€. Faro ultrapassou os 500.000€, mantendo-se como o distrito mais caro do continente depois de Lisboa.
Beja, Setúbal e Portalegre também registaram crescimentos anuais acima dos 20%.
Nas Ilhas, São Miguel (360.000€) continua com valorização expressiva (+36%), enquanto Porto Santo e Madeira se mantêm no topo dos valores insulares com 450.000€ e 580.000€, respectivamente.
Mais baratos e mais caros para comprar casa
O relatório do Imovirtual indica ainda que os distritos mais acessíveis para comprar casa em Abril foram: Castelo Branco (85.000€), Bragança (110.000€), Portalegre (122.000€), Ilha da Graciosa (125.000€). Já os mais caros continuam a ser: Lisboa (610.000€), Ilha da Madeira (580.000€) e Faro (525.000€).
Análise comparativa entre zonas
Em Abril, o mercado imobiliário português continua a evidenciar desigualdades marcadas entre regiões, tanto no arrendamento como na venda. O arrendamento revela uma forte pressão nas zonas turísticas, como Faro e Madeira, enquanto os distritos do interior norte e centro continuam a oferecer alternativas mais acessíveis.
Na venda, a valorização mantém-se especialmente visível em Lisboa, Faro e nas ilhas, com destaque para o Faial, que mais do que duplicou o valor em apenas um ano. Estas tendências reforçam o impacto da procura externa, da escassez de oferta em zonas urbanas e do aumento do investimento imobiliário em áreas insulares e costeiras.