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Associação alerta para risco de reputação de Portugal como país seguro para investir estar comprometida

 

Associação alerta para risco de reputação de Portugal como país seguro para investir estar comprometida

19 de abril de 2023

A Associação de Empresas de Consultoria e Avaliação Imobiliária - ACAI alertou hoje para o risco de a reputação de Portugal como país seguro para investir poder estar comprometida, dada a contínua instabilidade legislativa e fiscal que impacta o mercado imobiliário.

Num comunicado hoje divulgado, no âmbito da consulta pública promovida pelo Governo do Programa Mais Habitação, a Associação de Empresas de Consultoria e Avaliação Imobiliária (ACAI) apela para a implementação de políticas públicas que sejam consensualizadas de modo a trazer confiança de todos os operadores, todos eles fundamentais para colmatar a falta de oferta habitacional.

A associação precisa que criticou prontamente todas as medidas que afectam a captação de investimento para o mercado nacional foram prontamente criticadas, sublinhando que os seus associados são responsáveis por mais de 95% do fluxo daquele investimento.

No contributo escrito entregue no âmbito da consulta pública promovida pelo Governo do Programa Mais Habitação, a associação afirma que "quis igualmente participar neste processo de forma construtiva e por isso elencou uma série de medidas que considera serem fundamentais para uma estabilização do sector e consequente aumento do 'stock' habitacional, nomeadamente através do alargamento da oferta que não se deve limitar aos Contratos de Desenvolvimento para Habitação.

"No documento entregue, a ACAI destacou a urgência na agilização da emissão de licenças de utilização e licenciamentos, cuja morosidade são fatores que pesam no custo final de construção e consequentemente no preço final das habitações, tanto para os proprietários, como para os arrendatários", refere a ACAI no comunicado.

A associação afirma ainda que subscreve as medidas destinadas a proteger as famílias, nas taxas de juro do crédito à habitação e também defende que todos os critérios de seleção e funcionamento do mecanismo de arrendamento/subarrendamento (constante da proposta de lei) poderão ser aplicados ao mecanismo da garantia do Estado, envolvendo menor complexidade jurídico-contratual, o que se traduz numa maior proteção social à população mais carenciada.

"Sendo este um dos temas mais relevantes que impactam a sociedade portuguesa, desafiamos que todos sejam chamados à discussão com o parlamento, para que se possa chegar a uma Lei que verdadeiramente crie soluções e que tenha adesão à realidade do mercado", afirma Jorge Bota, presidente da ACAI, citado no comunicado.

Para o responsável, "sem a iniciativa privada, o Estado não irá resolver o problema, e por isso a ACAI está numa posição privilegiada para em colaboração com o parlamento conseguir obter um enquadramento que permita, o que todos querem, habitação mais acessível para todos".

LUSA/DI