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Portugal cai seis posições no ranking global de competitividade

15 de junho de 2022

A Dinamarca alcançou, pela primeira vez, o 1º lugar, nos 34 anos de história deste ranking. Suíça e Singapura fecharam o pódio deste ranking, em 2º e 3º lugar, respectivamente. Portugal cai para o 42º lugar do IMD World Competitiveness Center 2022.

A Porto Business School é, pelo sétimo ano consecutivo, a parceira exclusiva nacional do IMD na elaboração do ranking que dá conta que Portugal desceu 6 posições no ranking do IMD World Competitiveness Center – onde é avaliada a competitividade dos países a nível mundial. O IMD World Competitiveness Ranking 2022, divulgado hoje, coloca Portugal na 42ª posição do ranking das economias mais competitivas a nível mundial, uma descida de seis posições face a 2021. A Dinamarca subiu duas posições face a 2021, e alcançou, pela primeira vez na história deste ranking o 1º lugar. Suíça e Singapura ocupam os dois outros postos do pódio, em 2º e 3º lugar, respectivamente.

O relatório do IMD World Competitiveness Ranking 2022 identifica ainda cinco desafios-chave para a competitividade da economia portuguesa, em 2022: garantir um nível de crescimento sustentável do PIB, superior à média da EU; implementação de uma estratégia nacional de promoção da literacia financeira; promoção de reformas estruturais no setor público e, elaboração de estratégias de combate aos problemas demográficos do país.

Portugal desceu seis posições no ranking mas podemos realçar, nos resultados apresentados, as melhorias mais destacadas, comparativamente a 2021, o sobre o crescimento do PIB, a redução do défice e o aumento das exportações, e entre as valências mais competitivas de Portugal, o ranking destaca as leis para imigração (2ª posição), a força de trabalho feminina (3ª), capacidade para captar investimento estrangeiro e receitas provenientes do setor do turismo (4ª). 

Apesar das melhorias assinaladas, Portugal registou piores resultados em indicadores como a resiliência económica (60º), preço dos combustíveis, sobretudo a gasolina (56º), impostos pessoais reais (62º), regulação laboral (58º), e no que concerne às empresas e infraestruturas, na formação dos trabalhadores (61º), na implementação da tecnologia big data & analytics (61º), e na cibersegurança do país (50º).  Em 2022, a economia nacional registou piores resultados em todos os indicadores macro, nomeadamente a performance económica, eficiência do Governo, eficiência das empresas e qualidade das infraestruturas, ainda assim, o ranking do IMD considera ainda que as forças de atratividade que mais impactam, positivamente, a economia portuguesa são relativas à mão de obra qualificada, à previsibilidade e estabilidade da política nacional, aos custos de competitividade e às infraestruturas.

Segundo o ranking - que avalia fatores como o desempenho económico, a eficiência dos organismos governamentais, a eficiência das infraestruturas e das empresas - Portugal volta a posicionar-se, sensivelmente, a meio da tabela, contudo, contrariando uma tendência positiva de subida no ranking desde 2019.

Países europeus continuam a ser as economias mais competitivas do mundo

Os países europeus continuam a dominar este ranking, com Dinamarca (1º), Suíça (2º) e Suécia (4º) a constarem entre as cinco economias mais competitivas do mundo. Singapura (3º) e Hong Kong (5º) fecham o Top 5.

As economias com melhor desempenho caracterizam-se por vários graus de investimento em inovação, atividades económicas diversificadas, e políticas públicas de apoio. O continente europeu continua a exercer o seu domínio neste ranking, com seis países no Top 10, Dinamarca (1º), Suíça (2º), Suécia (4º), Países Baixos (6º), Finlândia (8º) e Noruega (9º), sendo que a Finlândia entra neste lote pela primeira vez.

Também no Top 10, há a registar Singapura (3º), Hong Kong (5º), Taiwan (7º) e os Estados Unidos da América, que mantém o 10º posto.

A Croácia, em vias de aderir ao euro no ano de 2023, foi o país que registou a maior subida, ocupando agora a 46ª posição, uma subida de 13 lugares face a 2021 (59º). Por outro lado, a Nova Zelândia foi o país que recuou mais lugares, ocupando agora a 31ª posição, em comparação com o 20º posto que ocupo no ranking de 2021.

A pressão inflacionista tem sido um grande fator de perturbação do tecido empresarial

Com base no IMD World Competitiveness Ranking 2022, é indicado, através do estudo que, as pressões da inflacção têm tido um impacto económico muito relevante para as empresas, que consequentemente prejudica as economias nacionais e mundiais.