CONSTRUÍMOS
NOTÍCIA
Actualidade

 

Investimento imobiliário ultrapassa os 1,6 mil milhões de euros no primeiro semestre

21 de julho de 2020

Nos primeiros seis meses do ano foram ultrapassados os 1,6 mil milhões de euros a nível de volume de investimento imobiliário comercial, valor alavancado por operações realizadas maioritariamente no 1º trimestre.

De acordo com o WMarket 2020 da consultora Worx, o segmento do retalho foi o impulsionador com uma transacção que perfez cerca de metade do volume total: a joint-venture entre as seguradoras Allianz e Elo, numa aquisição à Sonae Sierra e ao fundo de pensões APG.

O realatório indica ainda que neeste 1º semestre foram transaccionados cerca de 1,6 mil milhões de euros no mercado imobiliário comercial português, resultado de 20 operações.

O segmento da hotelaria, embora com cerca de metade do volume de investimento do segmento de retalho, teve a segunda maior proporção do volume total, fruto de três transacções. Em relação ao sector de escritórios, este volta a deter a terceira posição da lista com várias operações, somando cerca de 290 milhões de euros, sendo que a grande maioria dos activos se encontram localizados na capital portuguesa.

De ressaltar que o volume de investimento do 1º trimestre perfez cerca de 95% do volume semestral. As operações realizadas no 2º trimestre – período coincidente com a pandemia – foram essencialmente o desfecho de negócios iniciados pré-COVID.

No que diz respeito à origem do investidor, os países que mais cresceram face ao período homólogo foram a França e o Reino Unido. O investimento estrangeiro foi responsável por cerca de 1,6 mil milhões de euros, o equivalente a uma quota de 95% e um aumento de aproximadamente 73% face ao período homólogo de 2019. O registo de yields voltou a manter-se constante durante os primeiros seis meses do ano por falta de comparáveis no mercado. No entanto, aliada à incerteza gerada, perspectiva-se uma descompressão das yields com uma ligeira subida até ao final do ano.

Pedro Valente, do departamento de Capital Markets da Worx, refere que “apesar do volume de investimento reflectir essencialmente o dinamismo do mercado pré-COVID, e de os investidores Pág. 3/4 continuarem on hold e em price discovery mode, existe muita liquidez no mercado e Portugal continua a reunir as condições que o tornam atractivo no mercado internacional.