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Internacional

 

 

Habitação ‘Prime’: Lisboa no 24º. lugar mundial das cidades onde os preços mais subiram

21 de julho de 2021

Desde o 4.º trimestre de 2017 que os preços das habitações ‘prime’ não subiam tanto a nível mundial. “Os preços prime, definidos como os primeiros 5% do mercado habitacional em termos de valor, aumentaram 4,6% em média no ano até março de 2021” - quem o diz é o mais recente “Global Cities Index”, elaborado pelo departamento de Research da Knight Frank, um índice baseado na avaliação dos preços residenciais em moeda local em mais de 45 cidades em todo o mundo.

Das 46 cidades analisadas pelo relatório, Lisboa figura em 24.º lugar do ranking. No 1.º trimestre de 2021, os preços da habitação ‘prime’ na capital portuguesa subiram 1,9% e nos últimos doze meses o aumento registado atingiu os 2,4%. Apenas quatro cidades euorpeias registram aumentos superiores a Lisboa: Genebra (12a. do ranking), Estocolmo (14.ª), Zurique (17.ª) e Edimburgo (18ª.). Em comparação, a nossa vizinha Madrid registou um índice negativo de -0,8% no primeiro trimestre do ano e de -2,9% nos últimos 12 meses.

 

Cidades chinesas ocupam o ‘pódium’

Segundo o GCI da Kignht Frank, “onze cidades registaram um crescimento de preços de dois dígitos em relação há um ano”.

“Taxas hipotecárias baixas, que em alguns mercados representam recordes nunca vistos, níveis de stock com pouca elasticidade e um desejo de espaço pós-confinamento da pandemia levaram a um aumento da procura” adianta o relatório.

 Shenzhen (+19%), Changhai (+16%) e Guangzhou (+16%) - lideram o índice neste trimestre com a melhoria do sentimento económico e do investimento governamental na área da Grande Baía da China após a retoma económica que o gigante asiático vem conhecendo. O entusiasmo dos compradores tem persistido, apesar de uma nova ronda de restrições ter sido introduzida em Janeiro.

Vancouver e Seul (ambos com +15%), refere o relatório, completam as cinco primeiras posições do ranking.

 

Grandes metrópoles conhecem evolução de preços negativa

No entanto, os preços ‘prime’ não subiram em todo o lado. Algumas das principais metrópoles do mundo, Nova Iorque (-6%), Dubai (-4%), Londres (-4%), Paris (-4%) e Hong Kong (-3%) estão a ver os preços baixar ligeiramente. “Há uma combinação de factores por detrás do crescimento negativo de cada cidade - alerta o reltório -, desde longos e rigorosos confinamentos a um atraso na nova oferta e a impostos mais elevados e a restrições políticas”, mas na maioria dos casos a Knight Frank espera um regresso ao crescimento na segunda metade de 2021, uma vez que as proibições de viagem sejam atenuadas, as transacções transfronteiriças retomem e a confiança dos consumidores aumentem.