CONSTRUÍMOS
NOTÍCIA
Actualidade

 

Economia portuguesa deverá crescer acima da média da Zona Euro em 2022

30 de junho de 2021

O PIB português deverá crescer 5,4% em 2022, acima da média da Zona Euro, que, de acordo com as estimativas da Euler Hermes, especialista em seguro de crédito e acionista da COSEC – Companhia de Seguro de Créditos, será de +4,2%.

Já as projecções de evolução da economia portuguesa até ao final deste ano apontam para um crescimento de 4%, um desempenho em linha com o da média das economias europeias.

Estas previsões de crescimento da economia nacional, explicam os economistas, são influenciadas pelos fundos de 13,9 mil milhões de euros em subvenções a fundo perdido previstas no Plano de Recuperação e Resiliência de Portugal, no âmbito do 'Next Generation EU', o plano de recuperação da União Europeia, bem como pelos 2,7 mil milhões de euros em empréstimos para os próximos cinco anos.

Na Zona Euro, e de acordo com análise da Euler Hermes, destaque para o crescimento do PIB espanhol para +5,3% em 2022 e o italiano +4,6%. Com previsões menos favoráveis, o crescimento das economias francesa e alemã não deverá ultrapassar os +3,8%.

Recuperação da economia global a diferentes velocidades

De acordo com o estudo "Grand reopening: new opportunities, old risks", recentemente publicado pela Euler Hermes, acionista da COSEC, o PIB global deverá crescer 5,5% já este ano e 4,1% em 2022. Os Estados Unidos – com projeções de crescimento de 6,3% para 2021 e de 4,0% em 2022 – e a China – previsão de +8,2% para este ano e de 5,4% para próximo ano – são os principais impulsionadores desta tendência de recuperação.

Já a África do Sul – com um crescimento de apenas 2,2% do PIB em 2021 e de 1,9% em 2022 – e o Japão – com 2,5% este ano e 1,9% no próximo ano – são as regiões com cenários de recuperação mais lenta.

Ainda este ano, o comércio global deverá crescer 7,7% em volume, depois de uma diminuição de 8% em 2020, impulsionado pelas expectativas positivas no que diz respeito às exportações robustas da zona Ásia-Pacifico e das fortes importações dos Estados Unidos, Europa e China.

O estudo destaca ainda a importância de uma transição efetiva para uma economia mais sustentável e o seu impacto na recuperação económica. A adoção de um modelo de crescimento mais sustentável exigirá a redefinição das políticas industriais existentes, para garantir novos recursos fiscais, subsídios de transição, proteção dos produtores nacionais e investimento em infraestruturas. De acordo com os economistas, até 2050, o investimento anual do e no setor energético terá de aumentar para cerca de 1% do PIB global.