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Criação de novas empresas no sector da Construção e Obras Públicas cresce 16,8% em Agosto

10 de setembro de 2021

Apesar das constituições de novas empresas em Agosto terem diminuíram 13,6% face ao mesmo período de 2020, no sector das  Construção e Obras Públicas aumentou 16,8%.

Segundo o relatório da Iberinform / Crédito y Caución, foram criadas 2.546 novas empresas em Agosto último, menos 400 que no ano passado. Contudo, no acumulado deste ano, regista-se um aumento de 10,9% face a 2020, com mais 2.671 novas empresas para um total absoluto de 27.128 constituições.

O distrito de Lisboa regista o número mais significativo de constituições, com 8.353 novas empresas (+9,5%), ao qual se seguem os distritos do Porto com 4.892 novas empresas (+11,5%), Braga com 2.151 (+11,2%) e Setúbal com 1.985 (+16,1%). Em termos percentuais, o maior acréscimo face a 2020 verifica-se na Madeira (+49,6%), seguida da Horta com um crescimento de 47,6% (de 42 constituições em 2020 para um total de 62 em 2021) e Angra do Heroísmo (+26,5%). Apenas três distritos apresentam uma variação negativa: Vila Real (-13,8%), Portalegre (-3,9%) e Coimbra (-3,4%).

Por sectores de actividade, as maiores variações positivas registam-se no Comércio a Retalho (+27,7%), seguido pela Indústria Extrativa (+22,2%) e pela Agricultura, Caça e Pesca (+17,9%). Os serviços registam um crescimento de 17,3% e a Construção e Obras Públicas cresce 16,8% no comparativo anual. Evolução com polo contrário sente-se nas áreas de: Transportes (-27,3%), Electricidade, Gás, Água (-5,3%), Comércio de Veículos (-1,6%) e Comércio por Grosso (-1,5%). As Telecomunicações mantém-se inalteradas face a 2020, com 63 novas empresas constituídas tanto em 2020 como este ano.

Quanto às insolvências, a Iberinform registou um total de 167 acções de insolvência em Agosto, valor que traduz um aumento de 10,6% face ao período homólogo de 2020.  Nos primeiros oito meses deste ano contabilizam-se já 3.290 insolvências, mais 335 que no mesmo período do ano passado (+11,3%). Por tipologia de acção, os primeiros dois terços do ano fecharam como um total de 686 Declarações de Insolvência Requeridas por terceiros (+16,5%), 698 Declarações de Insolvência apresentadas pelas próprias empresas (-2,9%) e 39 Planos de Insolvência aprovados (+34,5%). No período em análise, foi Declarada a Insolvência de 1.867 empresas (encerramento de processos), mais 244 que em 2020 (+15,0%). 

O distrito do Porto lidera o ranking das insolvências em valores absolutos com um total de 821 insolvências e um aumento interanual de 12,5%. Lisboa ocupa a segunda posição, com 768 insolvências que traduzem um incremento face ao período homólogo de 2020 de 25,9%. Com 386 insolvências e um incremento de 12,2% face a 2020, o distrito de Braga ocupa a terceira posição deste ranking. 

A Indústria Extrativa regista um aumento substancial no número de insolvências nos primeiros oito meses de 2021, evoluindo de oito para 166 (+1975,0%). O sector da Electricidade, Gás e Água também apresenta um crescimento importante de 160% face ao período homólogo, com uma evolução de cinco para 13 insolvências. Exceto os setores de Transportes (-9,1%) e Indústria Transformadora (-23,8%), todos os restantes setores de atividade apresentam aumentos. De salientar, ainda, os sectores das Telecomunicações com um incremento de 75,0%, embora com valores absolutos baixos (evolui de quatro para sete insolvências), e o setor da Hotelaria e Restauração com um incremento de 59,7% que traduz uma evolução de 230 para 365 insolvências entre 2020 e 2021. Os setores do comércio a retalho e por grosso registam aumentos nas insolvências, mas com valores mais moderados de 3,1% e 5,3%, respectivamente.