Logo Diário Imobiliário
CONSTRUÍMOS
NOTÍCIA
JPS Group 2024Porta da Frente
Opinião
Daniela Rebouta, Sales Director da Engel & Völkers Lisboa, Oeiras & Setúbal

Daniela Rebouta, Sales Director da Engel & Völkers Lisboa, Oeiras & Setúbal

A relação entre o design de luxo e a valorização de propriedades exclusivas

26 de dezembro de 2025

O design de luxo é um dos fatores que fortalece a ideia de exclusividade e de luxo num imóvel. Num mercado competitivo como é o mercado imobiliário premium são os pormenores que diferenciam. Fatores como a localização, a sustentabilidade ou, por exemplo, a eficiência energética não deixam de ter a sua relevância, no entanto, uma arquitetura assinada e ou um design personalizado fazem toda a diferença e enfatizam perfeitamente a palavra “Exclusividade”.

O design deve ser interpretado como uma estratégia, como uma identidade e como um fator diferenciador do espaço. Não falo de design apenas como estética, mas sim como o equilíbrio perfeito entre o que é estético e o que é funcional.

O design de uma habitação surge como um conceito que “dá match” consoante as preferências de cada cliente. Uns preferem casas com um design totalmente moderno e futurista, outros orientam os seus requisitos para casas de design de autor e outros encontram o seu estilo de habitação numa casa mais rústica.

Está claro que este fator se foca bastante no facto de que cada detalhe é pensado e planeado, seja a integração da luz natural ou a escolha dos materiais utilizados, todo o projeto tem se ser bem planeado com foco no conforto, na elegância, na praticidade e na personalidade de cada cliente. O luxo deixou de ser excesso e passou a ser precisão: cada detalhe existe porque tem uma função, porque melhora a experiência de quem vive ali, porque transmite uma sensação de conforto e de pertença. E é precisamente essa sensação que leva um comprador a reconhecer o respetivo valor, mesmo antes de olhar para os metros quadrados ou para as especificidades e comodidades de uma habitação.

Relativamente à arquitetura assinada, é muitas vezes interpretada como um “selo de garantia de qualidade” conferindo exclusividade e prestígio ao imóvel. Uma habitação de design de autor ganha história, ganha contexto cultural e ganha narrativa, e um imóvel com narrativa, ganha valor. Os projetos pensados por designers de renome, por exemplo, valorizam-se acima da média e atraem compradores internacionais dispostos a pagar mais pela garantia estética e conceptual que aquela assinatura representa.

Além disso, o design é também um investimento sólido ao longo do tempo. As tendências de design ajustam-se e aprimoram-se a cada ano que passa, mas a boa arquitetura e os materiais de excelência “envelhecem” bem. Uma casa que integre um bom equilíbrio visual, uma boa fluidez espacial e escolhas intemporais mantém o seu encanto durante várias décadas. E é precisamente essa durabilidade estética, que acaba por ser a raridade que assegura a valorização contínua das propriedades exclusivas.

Num mundo saturado de estímulos, o verdadeiro luxo é simplificar: criar espaços que respiram, que acolhem, que completam e, sobretudo, que deixam a vida fluir com naturalidade. O luxo vive na calma e na intenção, e quanto mais silencioso é, mais alto se impõe. No imobiliário premium, o design não é complemento, é uma característica que transforma casas comuns em lugares memoráveis, que diferencia, que eleva a perceção e que gera valor real.

Daniela Rebouta

Sales Director da Engel & Völkers Lisboa, Oeiras & Setúbal

*Texto escrito com novo Acordo Ortográfico