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70% dos portugueses já tem casa própria
A habitação própria é uma realidade para 70% da população, segundo o Instituto Nacional de Estatística - INE. Contudo, o estudo realizado pela Escolha do Consumidor mostra que 43% já têm a casa totalmente paga e 26% continua a pagar o respectivo financiamento.
De acordo com o estudo da Escolha do Consumidor, por outro lado, o arrendamento continua a ser uma solução para 25% dos entrevistados. Já 5% vive em imóveis cedidos por familiares ou amigos e 1% encontra-se em outra situação, nomeadamente vive com os pais.
Grande parte dos inquiridos (52%) vivem com o(a) companheiro(a), enquanto 15% vive sozinho. A coabitação com pais ou outros familiares é referida por 17%, e 13% reside com filhos. Situações menos comuns incluem viver com amigos ou colegas (2%) ou partilhar casa com desconhecidos (1%), como no caso do arrendamento de quartos.
Somente 9% dos portugueses planeia comprar um imóvel nos próximos 12 meses
Dos participantes que não possuem casa própria (31%), somente 9% planeia comprar um imóvel nos próximos 12 meses e 18% aponta fazê-lo num horizonte de um a três anos. No entanto, 33% revela vontade de comprar, mas ainda não definiram um prazo específico. Já 40% não têm, de momento, intenção de adquirir nenhum tipo de habitação. No que diz respeito ao tipo de imóvel preferido pelos consumidores, a escolha recai sobre casas, mais especificamente por moradias, representando assim 67% das respostas. Apenas 25% prefere apartamentos e 8% refere não ter preferência quanto ao tipo de imóvel.
Para quem opta por ter casa própria, os principais benefícios apontados são o sentimento de segurança e estabilidade (23%), a liberdade para realizar obras ou personalizar o espaço ao seu gosto (21%) e o potencial de investimento a longo prazo (19%). Evitar aumentos de renda (15%), a valorização do imóvel ao longo do tempo (12%) e o planeamento da vida familiar (10%) são destacadas também como vantagens importantes para os inquiridos.
Entre os consumidores que possuem habitação própria, 31% revela ter demorado mais de três anos a juntar o valor necessário para a entrada do imóvel e 18% levou entre um e três anos. Só um número muito reduzido conseguiu fazê-lo em menos de um ano (9%). Adicionalmente, 1% declara que ainda está a juntar o valor necessário para alcançar este objetivo. O apoio de familiares ou amigos foi também decisivo para 21% dos casos e 9% afirma não ter poupado para a entrada da casa, pois adquiriu a habitação a pronto pagamento. Situações como heranças, financiamentos a 100% ou ter recorrido a um empréstimo bancário para cobrir a entrada são mencionadas pelos restantes entrevistados (11%).
Os entraves à compra de casa
Os maiores entraves à compra de habitação continuam a ser os preços elevados dos imóveis (28%) e a falta de dinheiro para a entrada (19%). Taxas de juro elevadas (17%) e a insegurança económica (15%) também influenciam negativamente a decisão dos consumidores, tal como as dificuldades em obter crédito (12%). Além disso, 4% indica a falta de imóveis que correspondam às suas necessidades, 2% refere a falta de informação ou orientação e 3% aponta outras razões, como preocupações com a segurança da zona onde pretendem adquirir o imóvel, não enfrentarem dificuldades no momento ou não terem intenção de comprar já casa.