CONSTRUÍMOS
NOTÍCIA
Turismo

 

Portugueses elegem o Alentejo e Algarve para destino turístico

16 de novembro de 2020

Apesar da queda abrupta na actividade turística em Portugal, no mês de Setembro, registaram-se crescimentos do número de dormidas de residentes no Algarve (com +10,1%) e no Alentejo (+3,9%).

De acordo com os números divulgados hoje pelo INE - Instituto Nacional de Estatística, o sector do alojamento turístico registou 1,4 milhões de hóspedes e 3,6 milhões de dormidas no mês em análise, correspondendo a variações de -52,7% e -53,4%, respectivamente (-43,6% e -47,1% em Agosto, pela mesma ordem).

As dormidas de residentes diminuíram 8,5% (-1,5% em agosto) e as de não residentes recuaram 71,9% (-72,4% no mês anterior). Os proveitos totais registaram uma variação de -59,2% (-48,7% em Agosto), fixando-se em 204,8 milhões de euros. Os proveitos de aposento atingiram 155,0 milhões de euros, diminuindo 59,5% (-49,0% no mês anterior).

Em Setembro, 24,0% dos estabelecimentos de alojamento turístico estiveram encerrados ou não registaram movimento de hóspedes (22,8% em Agosto).

No 3º trimestre de 2020, as dormidas totais diminuíram 55,7% (-12,0% nos residentes e -76,3% nos não residentes), depois de no 2º trimestre terem recuado 92,5% (-78,0% nos residentes e -98,1% nos não residentes) e no 1º trimestre terem registado um decréscimo de 18,3% (-12,2% nos residentes e -21,0% nos não residentes).

A abertura do corredor aéreo com Portugal terá contribuído para a melhoria que se verificou em Agosto e Setembro, meses em que se registaram diminuições de 79,9% e 70,7%, respectivamente, das dormidas de residentes no Reino Unido, depois de quatro meses com reduções superiores a 90%.

O INE indica ainda que as dormidas na hotelaria (79,8% do total) diminuíram 54,9%. As dormidas nos estabelecimentos de alojamento local (peso de 14,9% do total) decresceram 52,5% e as de turismo no espaço rural e de habitação (quota de 5,4%) recuaram 16,2%. As dormidas em hostels registaram uma diminuição de 62,0% em Setembro, representando 17,8% das dormidas em alojamento local e 2,6% do total de dormidas nos estabelecimentos de alojamento turístico.

Em Setembro, o mercado interno (peso de 57,2%) contribuiu com 2,0 milhões de dormidas, o que representou um decréscimo de 8,5% (-1,5% em Agosto). As dormidas dos mercados externos diminuíram 71,9% (-72,4% no mês anterior) e atingiram 1,5 milhões. No conjunto dos primeiros nove meses do ano, verificou-se uma diminuição de 61,3% das dormidas totais, resultante de variações de -33,3% nos residentes e de -73,4% nos não residentes.

No 3º trimestre de 2020, as dormidas totais diminuíram 55,7% (-12,0% nos residentes e -76,3% nos não residentes), depois de no 2º trimestre terem recuado 92,5% (-78,0% nos residentes e -98,1% nos não residentes) e no 1º trimestre terem registado um decréscimo de 18,3% (-12,2% nos residentes e -21,0% nos não residentes).

Principais mercados com diminuições expressivas

A totalidade dos dezasseis principais mercados emissores manteve decréscimos expressivos no mês em análise, tendo representado 93,0% das dormidas de não residentes nos estabelecimentos de alojamento turístico neste mês. As maiores reduções registaram-se nos mercados norte americano (-95,6%), chinês (-94,9%), canadiano (-94.8%) e irlandês (-91,7%), enquanto os mercados belga (-49,6%), dos Países Baixos (-51,1%), espanhol (-51,8%) e suíço (-55,2%) foram, entre os principais, os que registaram menores decréscimos.

Desde o início do ano, todos os principais mercados registaram decréscimos expressivos, superiores a 60%, com maior enfoque nos mercados irlandês (-89,5%), norte americano (-85,4%), polaco e chinês (-78,5% em ambos).

Algarve e Alentejo mantiveram crescimento das dormidas de residentes

O instituto de estatísticas, revela ainda que todas as regiões registaram decréscimos das dormidas, registando-se as menores diminuições no Alentejo (-20,9%), Centro (-40,5%) e Algarve (-44,8%). As maiores reduções verificaram-se na AM Lisboa (-71,8%), RA Açores (-66,3%) e RA Madeira (-66,2%). O Algarve concentrou 40,0% das dormidas, seguindo-se o Norte (15,9%) a AM Lisboa (14,4%) e o Centro (13,0%).

No conjunto dos primeiros nove meses do ano, as regiões que apresentaram menores diminuições no número de dormidas foram o Alentejo (-36,4%), Centro (-50,4%) e Norte (-56,5%). Em Setembro, registaram-se crescimentos do número de dormidas de residentes no Algarve (+10,1%) e Alentejo (+3,9%). Neste mês, em termos de dormidas de não residentes, o Alentejo e o Algarve registaram as menores diminuições (-62,9% e -63,6%), enquanto as restantes regiões apresentaram decréscimos superiores a 70%.

A estada média nos estabelecimentos de alojamento turístico (2,59 noites) reduziu-se 1,6% (-6,3% em Agosto), com a estada média dos residentes a aumentar 8,2% e a dos não residentes a crescer 7,4%.

A taxa líquida de ocupação-cama nos estabelecimentos de alojamento turístico (30,5%) recuou 27,0 pontos percentuais em Setembro (-26,1 pontos percentuais em Agosto).

As taxas de ocupação mais elevadas registaram-se no Algarve (39,9%) e no Alentejo (34,7%).

No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) situou-se em 30,2 euros em Setembro, o que correspondeu a um decréscimo de 54,4% (-41,2% em Agosto), enquanto o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 83,4 euros, uma quebra de 14,2% (-7,6% em Agosto).