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Portugal registou 3.ª maior subida nos preços das casas na UE no final de 2024

 

Portugal registou 3.ª maior subida nos preços das casas na UE no final de 2024

19 de maio de 2025

Os preços das casas na União Europeia (UE) voltaram a crescer no ano passado depois de uma queda em 2023 e Portugal registou a terceira maior subida entre os Estados-membros no último trimestre de 2024.

Nas previsões económicas de primavera divulgadas hoje, a Comissão Europeia destaca a tendência de aumento de preços no imobiliário, salientando que "após caírem no segundo e terceiro trimestres de 2023, os preços dos imóveis voltaram a subir em 2024".

"A recuperação dos preços foi acompanhada por uma recuperação nas transacções, para um nível comparável ao registado nos anos pré-pandemia", salienta Bruxelas, acrescentando que no quarto trimestre de 2024, os preços nominais das casas na UE estavam 4,9% mais altos do que no ano anterior, superando o pico de meados de 2022.

Já em termos reais, o aumento dos preços foi mais modesto, mas ainda assim fixou-se em 2,1% ao longo do ano.

Entre os países, a magnitude do aumento variou consideravelmente, sendo que Bulgária, Hungria, Portugal, Espanha, Países Baixos, Polónia e Croácia registraram taxas de crescimento anuais acima de 10% no quarto trimestre de 2024, destaca a Comissão.

Portugal foi assim o país da UE com a terceira maior taxa de crescimento anual dos preços das casas no final do ano passado, de 11,6%.

A Comissão Europeia salienta ainda que os compradores de imóveis têm agora de lidar com preços elevados face à sua capacidade de endividamento, tendo em conta que após a pandemia, a relação entre os preços dos imóveis e a capacidade de endividamento das famílias (que pode ser considerada um indicador da acessibilidade) "aumentou acentuadamente na UE".

Na maioria dos países da UE, o aumento dos preços reais das casas ultrapassou a capacidade de endividamento das famílias nos últimos cinco anos, "evidenciando as crescentes dificuldades das famílias em adquirir habitação através de crédito".

Em Portugal, a capacidade de endividamento das famílias, ajustada à inflação, recuou em cerca de 25% mas os preços das casas subiram, no período entre 2019 e 2024.

Apesar deste cenário, Bruxelas prevê que a capacidade de endividamento das famílias na UE melhore em 2025 e 2026, "impulsionada principalmente pelas contribuições positivas dos rendimentos das famílias – uma vez que se prevê que os salários reais aumentem 1,6% este ano e 1,1% em 2026".

LUSA/DI