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Investimento imobiliário atinge novo pico no 3.º trimestre

 

Investimento imobiliário atinge novo pico no 3.º trimestre

13 de novembro de 2024

O mercado imobiliário em Portugal atingiu o volume de investimento de 342 milhões de euros no 3.º trimestre de 2024, um crescimento de 39% face ao período homólogo e de 9% em relação ao trimestre anterior, segundo dados da CBRE.

"A resiliência do mercado imobiliário português continua a superar as expectativas, reflectindo uma procura robusta em segmentos estratégicos como o retalho e a logística. Observamos uma estabilização nas yields e um pipeline de transações promissor, o que aponta para um crescimento sustentável a curto prazo. Este desempenho destaca a atratividade de Portugal como um destino seguro para investidores, que procuram diversificação e solidez, investindo tanto em setores tradicionais como em produtos emergentes. Para o futuro, mantemos uma perspectiva optimista, estimulada por novas oportunidades de desenvolvimento e expansão, especialmente nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto", refere Francisco Horta e Costa, CEO da CBRE.

No 3.º trimestre de 2024, o sector do retalho destacou-se por representar mais de 60% do volume total de investimento, superando os 200 milhões de euros (alavancados pela transação de centros comerciais). Registaram-se também 28 novas aberturas de lojas nos principais eixos de Lisboa e Porto, lideradas pelo segmento de Food & Beverage (F&B). Este dinamismo no sector de retalho traduz-se também em números positivos nos centros comerciais geridos pela CBRE, com vendas a crescerem 5,4% e o tráfego a aumentar 5% até Setembro. Até ao final do ano, espera-se a entrada de 17.550 m² adicionais no que se refere a retail parks atualmente em fase final de desenvolvimento.

Verificou-se um aumento de 51% no investimento acumulado no sector de Industrial & Logística (I&L) em relação ao ano anterior. Apesar de uma queda de 20% na absorção de espaços logísticos em comparação com o 3.º trimestre de 2023, com uma área ocupada de 234.000 m², motivada pela falta de oferta existente, o sector continua a ver uma procura forte, estimulada por novos produtos a entrar no mercado. Este cenário está a pressionar as rendas prime para níveis mais elevados, agora fixadas em 6,55 euros/m²/mês. Em termos de yields, Lisboa e Porto mantiveram-se estáveis, a 5,75% e 6%, respetivamente.

No mercado de escritórios, tanto Lisboa como Porto registaram ocupações acumuladas relevantes. Em Lisboa, foram ocupados 41.000 m² de espaços de escritórios no 3.º trimestre, totalizando 168.500 m² desde o início do ano, representando um aumento de 46% face ao total de 2023. A taxa de vacancy em Lisboa diminuiu 23 pontos-base, para 7,45%. No Porto, a ocupação de escritórios ultrapassou os níveis de 2023, com uma absorção de 58.600 m² até Setembro, representando um aumento de 14%. Este crescimento foi impulsionado, sobretudo, pela relocalização de empresas, que representou cerca de 60% das ocupações no 3.º trimestre. A taxa de vacancy aumentou ligeiramente, mas mantém-se em níveis baixos, fixando-se agora em 5,6%.