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Habitação by century 21

 

Viver numa moradia continua a ser o sonho da maioria dos portugueses

17 de fevereiro de 2021

Durante a pandemia a casa tornou-se o centro da vida das famílias e acentua-se o sonho de viver numa moradia. Nos resultados anuais, a consultora Decisões e Soluções revela que a procura por moradias aumentou 30% em 2020.

Além disso, a consultora indica que se verificou uma valorização das regiões do interior. "Os portugueses começaram a valorizar mais a área dos imóveis e o espaço exterior, além de que o teletrabalho veio permitir a deslocalização para outras zonas que antes eram impensáveis", refere.

A rede de consultoria imobiliária refere também que à medida que a pandemia avança, a subida dos preços das casas tem sido cada vez menos acentuada, face ao ano anterior. "Os preços das casas vão acabar por se ajustar em função do mercado, prevendo-se que exista uma descida de valor nos grandes centros urbanos, como Lisboa e Porto, e um aumento nas zonas limítrofes e interiores. O crescimento médio mensal dos preços, desde o início da pandemia, tem sido na ordem dos 0,5%, quando até então rondava os 1 a 2%", lê-se no comunicado.

De acordo com a Decisões e Soluções existem vários factores que apontam para um abrandamento no crescimento dos preços das casas a curto prazo, nomeadamente uma maior oferta em termos de construção nova no segmento médio. O investimento na construção residencial do segmento médio continua a aumentar e é provável que a oferta no mercado acompanhe gradualmente a procura. Há também uma maior oferta do arrendamento de longa duração, com a colocação no mercado de imóveis que estavam destinados ao arrendamento de curto prazo e alojamento local. A pandemia e a consequente quebra no turismo fazem com que os proprietários sejam obrigados a colocar os seus imóveis no mercado de arrendamento de longa duração, a preços acessíveis, como forma de rentabilizar o seu investimento, durante a crise.

Segundo Guida Sousa, directora coordenadora nacional da Decisões e Soluções, “a perspectiva é que venhamos a assistir a uma estabilização dos preços, tanto nas vendas como nos arrendamentos e a uma uniformização a nível nacional. Acreditamos que o setor se irá manter dinâmico, até porque a banca continua disponível para conceder crédito, com alguma prudência e critérios mais apertados, contudo com condições muito atrativas, designadamente spreads abaixo de 1% e Euribor negativa que conduzem a taxas de juros historicamente baixas”.