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Habitação by century 21

 

Rendas aumentam 17% no 1º semestre face ao ano passado, sobretudo no interior do país

19 de julho de 2022

Os maiores aumentos no arrendamento registam-se em cidades como Évora, Bragança, Faro, Viana do Castelo, Leiria e Guarda, apesar de Lisboa e Porto continuarem a ser as regiões mais caras para arrendar.

De acordo com Barómetro Semestral do Imovirtual, o preço de venda também sobe 8%. Cerca de 28.500 euros mais caras do que no 1º semestre do ano passado, as casas viram o preço de venda aumentar sobretudo em alguns dos distritos mais caros, como a Madeira e Setúbal (cerca de +20%).

No primeiro semestre do ano, o preço médio de venda de casa foi de 385.080 euros, um aumento de 8% em relação ao mesmo semestre de 2021, o que corresponde a um encarecimento de 28.500 euros. Em relação ao semestre anterior (último semestre de 2021), quando o preço era de 369.181 euros, há um aumento de 4,3%.

Lisboa com 611.789 euros foi o distrito mais caro, seguido por Faro (528.455 euros), Madeira (413.548 euros), Porto (352.079 euros) e Setúbal (345.340 euros) são as regiões mais caras para comprar casa no 1º semestre de 2022.

Os distritos mais baratos para comprar casa no mesmo período foram Guarda (110.603 euros), Portalegre (119.936 euros) e Castelo Branco (124.032 euros), com descidas de preço de -4%, -2% e -0,2% em relação ao mesmo semestre do ano passado.

Os maiores aumentos do preço médio de venda no 1º semestre de 2022, face ao 1º semestre de 2021, são precisamente em alguns dos distritos mais caros: Madeira (+21,1%), Setúbal (+20,4%) e Faro (14,2%), além de Évora (+14,7%). Guarda, o segundo distrito mais barato, registou a maior quebra de preço (-4,2%).

Em comparação com o semestre anterior (último semestre de 2021), os preços das casas aumentaram sobretudo em Setúbal (+10,7%) e Madeira (+10,1%). O distrito com maior descida de preço neste período foi Portalegre (-7%).

Valor das rendas aumentou +17% no 1º semestre

Já o valor das rendas aumentou +17% no 1º semestre de 2022, em comparação com o semestre homólogo de 2021, passando de 1.010 euros para 1.182 euros, o que corresponde a um encarecimento de cerca de 170 euros mensais. Já em relação ao último semestre do ano passado, quando a renda média era de 1.029 euros, o aumento é de 15%.

Lisboa (1.444 euros), Porto (1.148 euros), Madeira (1.083 euros), Faro (1.105 euros) e Setúbal (924 euros) são os distritos mais caros para arrendar casa no 1º semestre de 2022.

Por outro lado, os mais baratos são Portalegre (362 euros), Castelo Branco (468 euros) e Vila Real (494 euros).

Évora (+44,3%), Bragança (+36,3%), Faro (32,2%) e Viana do Castelo (+30,1%) são as regiões com maior aumento das rendas no 1º semestre do ano, face ao mesmo período do ano passado. Porto (28,8%), Leiria (+28,9%) e Guarda (27,9%) também registam aumentos significativos. Todos os distritos, à excepção de Portalegre (-0,3%), registam aumento da renda média neste período.

Comparativamente ao último semestre do ano passado, os distritos com maior subida da renda foram Viseu (+33,5%), Évora (+33,2%) e Faro (+31,2%). A renda apenas desceu em Portalegre (-13%), o distrito mais barato para arrendar.

"O que temos vindo a verificar, com o aumento do preço das casas e outros fatores que dificultam a compra, como o aumento das taxas no crédito habitação e a falta de oferta, é uma tendência para voltar ao arrendamento como a opção preferencial. Neste caso, como as principais cidades de Lisboa e Porto estão também com rendas mensais muito elevadas, há cada vez mais a procura pelo interior e a subida de preço em outros distritos, como Bragança, Évora, Viana do Castelo, Santarém ou Viseu", comenta Ricardo Feferbaum, director geral do Imovirtual.