
aeroporto Alcochete
Governo vai investir 60 mil milhões de euros em infraestruturas nos próximos 10 anos
Hugo Espírito Santo, secretário de Estado das Infraestruturas, avançou hoje que o Governo tem previsto um investimento de 60 mil milhões de euros para os próximos 10 anos em infraestruturas para o país, incluindo o novo aeroporto de Lisboa.
Na sua intervenção durante o 50º congresso da APAVT – Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo, que decorre em Macau, na China, o secretário de Estado, revelou que o prazo para a conclusão do novo aeroporto de Lisboa é de 2034-2035, no entanto, adiantou que a par com esta obra têm de ser asseguradas as acessibilidades, nomeadamente a construção da terceira ponte sobre o rio Tejo. Para essa infraestrutura, adiantou que em 2027 vai ser lançado o concurso de concessão. A alta velocidade foi também abordada neste tema e garantiu que será criada uma linha a sair do Barreiro até ao novo aeroporto.
Já José Luís Arnaut, Chairman da ANA Aeroportos de Portugal, também presente em Macau, no congresso da APAVT, afirmou que a previsão para a conclusão do novo aeroporto de Lisboa é de 2037, no entanto, garantiu: “Faremos tudo ao nosso alcence para que as obras sejam o mais céleres possíveis". Nesse sentido, arriscou e apontou a conclusão para 2035-2036.
Na sua intervenção, Arnaut avançou ainda que em Janeiro será entregue o estudo do impacto ambiental, depois decorrerão mais três meses para a decisão da IATA e de seguida mais seis meses para discussão pública. O Charmain da ANA não deixou de referir que tudo está também dependente de outros processos que são imprescindíveis até ao início da empreitada, tais como o parecer do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, desmilitarizar o campo de tiro de Alcochete, entre outros procedimentos que têm de ser ultrapassados.
Falta mão-de-obra para a construção destas infraestruturas
Um dos graves problemas para a realização das obras previstas - naquele que será o maior investimento do país na construção do novo aeroporto e nas infraestruturas e acessibilidades associadas -, é a falta de mão-de-obra para as construir. Esta necessidade de recursos humanos foi apontada pelos dois responsáveis.
"Estamos a trabalhar com a União Europeia e com o BEI - Banco Europeu de Investimento para a realização destes empreendimentos. Precisamos ainda de construtoras e de fundos. É igualmente fundamental ter uma clara estratégia para estas obras e precisamos de mão-de-obra, que não temos. Quando formos capazes de ter outros players da construção internacionais vamos conseguir dar resposta", salientou o secretário de Estado das Infraestruturas.
Também José Luis Arnaut avançou que a falta de mão-de-obra é um problema existente para as obras previstas. Contudo, indicou que estão a trabalhar com uma nova geração de engenheiros portugueses e estes estão a cooperar com uma equipa americana especialista em aeroportos.
*O Diário Imobiliário viajou até Macau a convite da APAVT - Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo.














