Face à crise global o sector da construção está em alerta para o risco de incumprimento

O mais recente relatório sobre Risco País e Risco Setorial da Coface revela um aumento do risco do sector da construção no México, reflectindo o impacto directo das tarifas norte-americanas, a subida dos custos das matérias-primas e o abrandamento do investimento privado. O México é um dos principais pólos industriais do continente americano e a construção está entre os sectores mais sensíveis às perturbações económicas actuais.

A construção civil depende fortemente da estabilidade macroeconómica, do acesso a financiamento e do custo dos materiais, sendo fortemente impactada por tensões no sector energético e na cadeia do aço — este último com 600 milhões de toneladas de excesso de capacidade a nível global.

Segundo a Coface, o risco de incumprimento no sector aumentou consideravelmente, sobretudo em mercados emergentes, onde o acesso ao crédito e o investimento público estão sob pressão. A incerteza quanto às taxas de juro, inflação e políticas fiscais continua a condicionar o sector a nível global.

A Coface alerta ainda que o efeito dominó desta revisão do risco da construção poderá sentir-se em sectores adjacentes, como a metalúrgica, a química (materiais de construção) e a energia, afectando fornecedores e cadeias de valor.