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Hong Kong - Freepik

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Crescimento do mercado global de arrendamento de luxo estabiliza

1 de setembro de 2025

Os resultados do mais recente relatório, Prime Rental Index, da Knight Frank - da qual a portuguesa Quintela + Penalva | Knight Frank é associada -, mostram que o mercado global de arrendamento de luxo registou uma recuperação sólida no segundo trimestre de 2025. O índice, que acompanha a evolução das rendas em 16 cidades-chave, aponta para uma subida média anual de 3,5%. Ou seja, uma aceleração, face aos 3% registados no primeiro trimestre do ano.

Hong Kong lidera o crescimento global com uma subida anual de 8,6%, seguido de perto por Tóquio (8,3%) e Nova Iorque (6,9%). Já Toronto foi o mercado mais fraco, com uma queda de 3,5% face ao ano anterior. Na Europa, Berlim (4,9%), Frankfurt (4,7%) e Zurique (4,4%) destacam-se pela resiliência, enquanto Londres mantém um crescimento mais contido, de 1,5%.

Nos últimos cinco anos, Miami lidera em termos de crescimento acumulado, com uns impressionantes 61% de subida no que toca às rendas de unidades residenciais de luxo.

Após um período de forte volatilidade desde a pandemia, a evolução das rendas de luxo aproxima-se agora de valores históricos, com uma tendência clara: um crescimento médio de 4% ao ano.

A procura, por sua vez, continua a superar a oferta em praticamente todos os mercados, sustentada pelo regresso em força da imigração e pela escassez de nova construção.

Segundo Liam Bailey, Global Head of Research da Knight Frank, “o mercado de arrendamento de luxo está a regressar a taxas de crescimento mais estáveis. Apesar dos constrangimentos de acessibilidade, a procura continua robusta e, com a limitação de oferta, prevemos que o crescimento se mantenha em alta ao longo de 2025”.

Cidades como Nova Iorque e Miami deverão manter ganhos de um dígito médio, suportados pela procura local e internacional.

Hong Kong e Tóquio, apesar do forte desempenho atual, poderão enfrentar alguma moderação devido a fatores regulatórios específicos.

Nos mercados europeus, como Londres e Berlim, a baixa oferta deverá sustentar o crescimento moderado.

Embora este estudo não faça referência a Portugal, Francisco Quintela, sócio fundador da Quintela + Penalva | Knight Frank refere que “não só a procura de casas de alta qualidade para arrendar tem crescido, como tem aumentado, também, o preço daquelas que estão disponíveis”. A questão, no que toca a cidades como Lisboa ou o Porto, sublinha, “é a falta de oferta de produto de alta qualidade e o baixo investimento que os promotores imobiliários ainda fazem no que toca a construir para arrendar. No entanto, acredito que vamos assistir num futuro muito próximo à construção de edifícios de qualidade destinados ao mercado de arrendamento”.