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Braga no TOP10 das cidades europeias com «Melhor Qualidade Vida»

12 de janeiro de 2024

Braga está entre as 10 cidades europeias em que os habitantes sentem mais satisfação em morar, mas é também a cidade da Europa em que mais residentes usam carro diariamente, segundo um relatório da Comissão Europeia, hoje divulgado.

As conclusões constam do relatório, de 112 páginas, sobre a Qualidade de Vida na Europa, com base num inquérito realizado entre Janeiro e Abril de 2023, abrangendo mais de 71 mil residentes de 83 cidades da União Europeia, do Reino Unido, da parte Ocidental dos Balcãs e da Turquia.

Entre as 83 cidades alvo do estudo, Braga está entre as 10 em que os residentes se sentem mais satisfeitos por aí morar, estando também entre as 10 melhores cidades da Europa para imigrantes, idosos e famílias com crianças.

Quanto à mobilidade, Braga, com 70% dos residentes, lidera o ranking das 10 cidades europeias em que os habitantes mais usam o carro num dia normal, sendo que, em média, os veículos são utilizados por 48% dos residentes das restantes cidades estudadas.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da Câmara de Braga, Ricardo Rio (PSD), mostrou-se satisfeito com as conclusões do relatório, que reflectem as opiniões dos bracarenses. O que o autarca não gosta mesmo é a posição da sua cidade em questões da mobilidade, já que Braga lidera o ‘ranking’ das cidades que mais usam o automóvel.

“Era o único ‘ranking’ que não queria liderar. Temos a maior percentagem de todas as cidades estudadas que usam normalmente a viatura. É um dos principais desafios com que nos confrontamos na actualidade, que é o da mobilidade. Reflecte também o crescimento da cidade, mas é uma das prioridades para a intervenção na gestão pública”, assumiu Ricardo Rio.

Braga está também na lista das 10 cidades europeias em que os residentes (27%) menos usam os transportes públicos diariamente. Pior do que Braga, só Skopje (28%), capital da Macedónia, Heraklion (30%), na Grécia, e Verona (30%), em Itália.


Foto CM de Braga


Quanto à habitação, a cidade também não faz parte das 10 em que os habitantes consideram ser fácil encontrar casa a um preço razoável.

Neste particular, a Comissão Europeia faz uma comparação com os dados recolhidos em 2019, concluindo que a percentagem de residentes com uma visão positiva da habitação caiu, em média, quatro pontos percentuais (PP), de 38% para 34%, sendo que a maior queda se verificou em cidades com até 250 mil habitantes.

Nos quatro anos, segundo o relatório, Braga é a segunda cidade da Europa em que houve uma maior queda (14 PP) quanto à visão e à percepção dos residentes em encontrar habitação a um preço razoável, sendo ultrapassada apenas por Budapeste, capital da Hungria, em que a visão positiva sobre a habitação diminuiu 18 pontos percentuais.

No primeiro capítulo “Satisfeito por morar na cidade”, o ‘top’ 10 é liderado por Zurique (Suíça), com 97% dos residentes satisfeitos, seguindo-se Copenhaga (Dinamarca), Groningen (Países Baixos), Gdansk (Polónia), Leipzig (Alemanha), Estocolmo (Suécia), Genebra (Suíça), Rostock (Alemanha), Cluj-Napoca (Roménia) e Braga, com um grau de satisfação entre os habitantes de 94%.

Braga (89%) está também entre as 10 melhores cidades da Europa para imigrantes, estando em terceiro lugar, num ‘ranking’ em que neste particular é liderado por Cardiff (95%) (Reino Unido) seguido de Lisboa (90%).

Quanto às cidades europeias que sejam bons lugares para idosos residirem, Zurique volta a liderar, com 95% dos inquiridos a elegerem a cidade suíça, com Braga a fechar a tabela do ‘top’ 10, com uma percentagem de 91% dos votos dos residentes inquiridos.

A classificação das 10 melhores cidades europeias para famílias com crianças é liderada por Cardiff (96%), seguindo-se Oulu (Finlândia), Braga e Leipzig, todas com 95% dos votos dos moradores.

No capítulo intitulado “Cidade segura e Coesiva”, Braga integra também a lista das 10 cidades europeias em que os moradores se sentem mais seguros a caminhar durante a noite (84%), liderada por Copenhaga (87%). Refira-se que o estudo só analisou duas cidades portuguesas: Lisboa e Braga.

Lusa/DI