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Fonte Nova, Serralves e Casa da Arquitetura recebem prémios FAD

8 de junho de 2018

O arranjo urbano do largo Fonte Nova, em Lisboa, e o Pavihão do Lago, intervenção temporária feita em Serralves, são os dois projectos distinguidos pelos prémios de arquitectura do Fomento de las Artes y del Diseño (FAD), de Barcelona.

Na lista dos premiados, publicada pela associação ArquinFAD, é também atribuída uma menção especial ao projecto de instalação da Casa da Arquitectura, na Real Vinícola, de Matosinhos.

O prémio FAD de Cidade e Paisagem foi para a "Praça Fonte Nova" de Lisboa, projecto do arquitecto José Adrião, promovido pela Câmara Municipal de Lisboa, por "assumir a complexidade de um lugar, potenciando o uso democrático do espaço público, com a recuperação de um antigo parque de estacionamento, sob um viaduto", que se transformou num "lugar de descanso e de lazer".

O "Pavilhão do Lago", concebido por Carlos Azevedo, João Crisóstomo e Luís Sobral, para os jardins da Fundação de Serralves, no ano passado, venceu o prémio da categoria Intervenções Efémeras, pelo seu "diálogo poético com a paisagem".

A menção especial do júri, na área de Arquitectura vai para o projecto "Casa da Arquitetura na Real Vinícola", de Guilherme Machado Vaz, por propor "um lugar de referência que celebra a profissão [de arquitecto] e se converte em exemplo de recuperação e de renovação urbana".

Os prémios do Fomento das Artes e do Desenho, atribuídos pela associação interdisciplinar ArquinFAD, estão entre os mais prestigiosos da arquitectura a nível ibérico, por serem atribuídos pelos próprios profissionais.

O grande prémio FAD de Arquitectura foi atribuído ao projecto "Life Reusing Posidonia", de 15 habitações de promoção pública, em Sant Ferran, Formentera, nas ilhas Baleares, dos arquitectos do Instituto Balear de Habitação Carles Olivé, Antonio Martín, Joaquín Moyá, Alfonso Reina e Maria Antònia Garcías.

Neste projecto, o júri valorizou "o modelo de habitação social de grande qualidade arquitectónica, que aproveita os recursos do meio para estabelecer soluções construtivas".

Um prémio Ibérico, Júri tem um elemento português

Em 2018, os prémios FAD recebeu 484 trabalhos enviados. Destes, 392 correspondiam aos Prémios FAD de Arquitectura e Design de Interiores, 56 ao Prémio Pensamento e Crítica FAD e 36 ao Prémio FAD Internacional.

O júri desta edição dos Prémios FAD foi presidido pela arquitecta Anna Bach, acompanhada pelos arquitectos Ricardo Carvalho, de Portugal, Pau de Solà-Morales, Cristina Domínguez, Carmen Moreno e Susana Pavón, que durante meses "atravessaram toda a geografia ibérica, para avaliarem as obras suscetíveis de serem premiadas", como indica a organização.

Este júri atribuiu ainda o prémio de Arquitectura de Interiores à obra "Can Picafort", em Maiorca, da TEd'A Arquitectes.

O prémio do Internacional foi 'ex aequo' para a escola de Orsonnens, na Suíça, da TEd'A Arquitectes, e para o parlamento de Lausana, pelo Atelier Cube.

O Prémio FAD Pensamento e Crítica foi para as obras "La recherche patiente. Le Corbusier 50 years later", de Jorge Torres Cueco e Clara E. Mejía Vallejo, e "Thermodynamic Interactions. An Architectural Exploration into Physiological, Material, Territorial Atmospheres", de Javier García-Germán.

Este ano, o Prémios FAD celebraram a sua 60.ª edição, tendo avaliado um total 484 obras, nas diferentes categorias.